Pouco importa o que Regina Duarte vai fazer da vida depois de ter deixado a Secretaria Especial de Cultura. Essa (mais essa) crise institucional serviu para jogar luz onde realmente merece atenção e precisa de socorro, a situação da Cinemateca Brasileira. Com 70 anos de história e dona do maior acervo de imagem em movimento da América Latina, a instituição corre o risco de desaparecer sob o comando obscurantista de Bolsonaro.
Atriz pediu para sair do governo para “ficar perto da família” e deve assumir comando da Cinemateca, em São Paulo. Durante sua gestão, setor continuou abandonado e acumulou críticas da categoria.
Atriz havia aceitado o cargo em março deste ano, após um mês e meio de especulações acerca do convite para integrar a pasta da cultura
Permanência da atriz estava em xeque desde sua deplorável entrevista à CNN Brasil
Classe artística protestou contra as declarações da atriz à CNN
Atriz relativizou a ditadura militar e a tortura praticada no período
Jair Bolsonaro teria falado à secretária da Cultura: “Ou você adere às minhas ideias, ao meu governo, que é conservador, ou a porta está aberta”.
Numa demonstração do bate cabeça do governo Bolsonaro, Mantovani é reconduzido à Funarte, Regina Duarte se surpreende e o maestro cai no mesmo dia, também sem ser avisado.
Em dois meses, a atriz não conseguiu implementar medidas de apoio à cultura durante a pandemia, teve indicações vetadas, sofre ataques de artistas e de colegas de pasta com apoio de Bolsonaro.
Atores, diretores e produtores culturais deflagraram uma campanha virtual questionando a ausência absoluta da secretária nacional de Cultura, Regina Duarte, durante a pandemia do coronavírus.
Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil que virou a namoradinha dos fascistas, nem bem assumiu a Secretaria Especial da Cultura do laranjal de Jair Bolsonaro e seus pobres já vem à tona.
Escolhida pelas suas posições conservadoras, a atriz não alimenta expectativa entre parlamentares da oposição.