As centrais sindicais demonstraram união na defesa da agenda do trabalhador. Os líderes sindicais estiveram reunidos na oficina sobre Trabalhadores e Macroeconomia, na manhã desta quinta-feira (25), na 1ª Conferência do Desenvolvimento, promovida pelo Ipea em Brasília. Eles esperam que o governo de Dilma Rousseff decida pela valorização do trabalho contra a remuneração do capital na execução do projeto nacional de desenvolvimento.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), descartou hoje (23) a possibilidade de o salário mínimo para o próximo ano chegar a R$ 580. Segundo ele, qualquer discussão sobre um reajuste além do determinado pela lei é casuísta.
Representantes das seis centrais sindicais, governo, entidades de aposentados e pensionistas reúnem-se nesta terça (23) com o relator do projeto de Orçamento da União, senador Gim Argello (PTB-DF), para negociar o novo valor do salário mínimo. As entidades propõem R$ 580 contra os R$ 540 defendidos pelo governo.
Além de ter confirmado compromisso público do governo de que haverá aumento acima da inflação para o salário mínimo do ano que vem, a reunião das centrais sindicais realizada na quinta-feira (18) com os ministros do Planejamento e da Previdência Social teve como resultado a garantia de que nenhuma discussão sobre a diminuição dos custos trabalhistas será feita sem a participação do movimento sindical.
A semana de trabalho em Brasília começa em compasso de espera na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. O relator-geral do Orçamento de 2011, senador Gim Argello (PTB-DF), cumpre os prazos formais do trabalho enquanto aguarda posição da presidente eleita Dilma Rousseff em relação a diversos itens, entre eles o valor do novo salário mínimo. Na Câmara, 10 Medidas Provisórias (MPs) trancam a pauta de votação, enquanto o Senado mantém uma pauta de votações sem temas polêmicos.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse nesta quinta-feira (18), em São Paulo, que as centrais sindicais insistirão na proposta de um salário mínimo de R$ 580 reais. Ele participou, pela manhã, de reunião para negociar o valor do mínimo com os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.
Após a Comissão Mista de Orçamento aprovar o relatório preliminar que define o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 540 a partir de janeiro, o relator-geral do Orçamento de 2011, deputado Gim Argello (PTB-DF), disse que, a partir de amanhã (17), começa uma nova rodada de negociações com as centrais sindicais e os ministérios da Previdência e do Planejamento para tentar elevar esse valor.
Em acordo com a presidente eleita Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer fixar em no máximo R$ 550 o valor do salário mínimo no próximo ano. Isso daria um aumento real de 2,2% – abaixo dos 7,7% reivindicados pelas centrais sindicais, que propõem um piso de R$ 580.
Salário mínimo de R$580 e mais recursos para a saúde nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. É o que solicita o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), por meio de emendas apresentadas à Lei Orçamentária Anual que está em discussão na Câmara. O deputado defende um maior reajuste para o mínimo em 2011, além de procurar reverter uma distorção no repasse dos recursos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Sul e Sudeste recebem mais recursos para saúde que as demais regiões do País.
Depois de voltar da viagem à Coreia do Sul, a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve iniciar as conversas com integrantes das centrais sindicais sobre o reajuste do salário mínimo. Na terça-feira (16), o Congresso deve começar a votar a proposta inicial — que aumenta para R$ 538 o atual salário (R$ 510).
Salário mínimo de R$ 580 e mais recursos para a saúde nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. É o que solicita o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), através de emendas apresentadas ao parecer preliminar da Lei Orçamentária Anual (LOA). Por meio das emendas, Chico Lopes defende um maior reajuste para o mínimo em 2011, além de procurar reverter uma distorção no repasse dos recursos para a atenção em média e alta complexidade, pelo Sistema Único de Saúde.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reagiu nesta quinta-feira (11) à tentativa golpista da oposição de elevar o salário mínimo para R$ 600. Enquanto PSDB e DEM formalizaram uma proposta irresponsável, as centrais sindicais — legítimas defensoras dos trabalhadores — reconhecem os limites do Orçamento e lutam por um piso de R$ 580.