Seminário antirracista revela a ambição de mulheres, negros, indígenas e LGBT+ na disputa por representatividade nas instituições democráticas para a luta de classes que leve em consideração questões de gênero, raça, etnia e orientação sexual.
Para o representante dos trabalhadores da estatal, Íkaro Chaves, não basta cancelar a privatização, mas garantir excedentes de energia, em vez de lucros, para alavancar o desenvolvimento nacional e energia barata para o povo.
O presidente da Abradin, Aurélio Valporto, avalia que monopólios precisam ser geridos de forma a beneficiar toda a cadeia produtiva. Para ele, os preços da Petrobras podem beneficiar acionistas um primeiro momento, mas desarranjam toda a economia.
Especialistas defendem em seminário que a perda gradual de controle estatal sobre estas empresas estratégicas impede a geração de excedentes para investir na sociedade, restringindo sua produção a geração de lucro para acionistas.
Para o geólogo Guilherme Estrella, discutir a Petrobras é discutir o Brasil como ocupação colonial estrangeira, desde que a Petrobras foi esquartejada em 2016 e vendida ao capital internacional na forma da BR Distribuidora, os gasodutos e refinarias.
A engenheira Magda Chambriard considera inadmissível a estatal vir a público ameaçar desabastecimento, como já fez, e também exigir que o acionista majoritário tenha que pedir autorização para o minoritário para fazer o que precisa ser feito. “Esse estatuto precisa ser revisto”.
Carlos Felipe Rizzo mostra como a reordenação das cadeias produtivas no mundo contribui para uma janela de oportunidade totalmente nova para a Petrobras, em relação a vinte anos atrás.
“Embora Bolsonaro diga que tem menos de 50% de participação na Petrobras, ele tem 100% da culpa da inflação de combustíveis, porque nomeia os diretores picaretas, que fazem o jogo do mercado americano para vender os ativos”, diz o engenheiro da Petrobras, Fernando Siqueira.
O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, apresentou o tema do seminário “O Desmonte do Setor de Energia – Petrobras e Eletrobras – e os Caminhos para a sua Reconstrução”
Nos dias 23 e 30 de maio, o seminário discutirá o desmonte do setor energético a partir da tentativa de privatização da Eletrobras.
Seminário vai tratar de casos de empresas multinacionais que atuaram contra o trabalhador em benefício da ditadura
Seminário “Entra Federação, sai coligação” é gratuito e vale certificado. Transmissão começa às 19h30 no Youtube