Terminou sem acordos a reunião desta segunda-feira (31) entre líderes no Senado para decidir os critérios de proporcionalidade que irão definir os lugares da mesa diretora e nas presidências de comissões que caberão a cada partido.
No Senado, o cenário aponta para a recondução de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa. A disputa ocorre em torno da presidência das comissões permanentes. O Psol lançou a candidatura do senador Randolfe Rodrigues (AP), apenas para marcar posição “anti-Sarney”. A posse do senadores será às 10 horas e a eleição dos cargos da Mesa Diretora também será pela manhã.
Os congressistas eleitos em outubro do ano passado tomam posse nesta terça-feira (1º), formando uma base de apoio maior do que a do governo anterior. Dos 513 deputados e 81 senadores, 461 (ou 77,6%) integram partidos aliados da presidente Dilma Rousseff.
O presidente do Senado, José Sarney, disse, nesta sexta-feira (28), que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata dos suplentes de senadores pode ser incluída na reforma política que, segundo ele, será votada este ano. Sarney reconhece que há "abusos" na escolha do ocupante do cargo, referindo-se aos candidatos que indicam parentes para a vaga de suplente.
Os parlamentares que tomam posse no próximo dia 1o de fevereiro encontram as pautas de votação do Senado e da Câmara com muitas Medidas Provisórias (MPs) para serem analisadas. Dez medidas trancam a pauta da Câmara e uma tem prioridade de votação no Senado porque seus prazos de tramitação estão próximos de se esgotar.
O senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, demonstrou preocupação com a formação dos blocos parlamentares para composição da Mesa Diretora e das comissões técnicas na Casa. O PMDB manifestou – ainda que não formalmente – desejo de mudar os critérios para ocupação das comissões. Ao invés de considerar o tamanho dos blocos que está vigente até agora, sugeriu como critério o tamanho de cada partido individualmente na definição das escolhas.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já telefonou para líderes partidários anunciando a decisão de concorrer à reeleição. O líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), disse que Sarney terá respaldo da sigla, honrando, assim, o acordo de manter o PMDB, que tem a maior bancada de senadores, no comando da Casa.
O escândalo das “aposentadorias-mais-que-especiais” para os ex-governadores e suas viúvas produz a cada dia uma novidade que supera a anterior. Hoje todo o mérito cabe ao senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, que havia pedido R$ 1,6 milhão de retroativos.
Por Celso Marcondes, na CartaCapital
A movimentação na Câmara e Senado já aumentou nesta segunda-feira (24). A semana que antecede o início dos trabalhos legislativos será marcada pelas articulações políticas em torno das eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, que acontecem no próximo dia 1º. Nas duas casas, o cargo para Presidente está praticamente definido, com Marco Maia (PT-RS) na Câmara e José Sarney reconduzido ao cargo de Presidente do senado. A disputa maior é pelos demais cargos da Mesa Diretores.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse nesta quinta-feira, 20, durante reunião da Comissão Representativa do Congresso Nacional, que já existe legislação para prevenir tragédias como a que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro, mas que ela não vem sendo cumprida.
Em entrevista à Análise Política, o senador Humberto Costa (PT-PE), que foi escolhido líder do PT no Senado, afirmou que pretende atuar de forma articulada e harmonizada com o Palácio do Planalto, mas com certa independência. Na agenda, as prioridades são as reformas política e tributária, o pré-sal e o financiamento da Saúde.
Além de presidir a Câmara dos Deputados na próxima legislatura, o PT quer dividir com o PMDB a articulação dos interesses do governo no Senado e fortalecer a interlocução direta de sua bancada na Casa com o Palácio do Planalto. Líder da bancada petista a partir de fevereiro, Humberto Costa (PE) vai propor ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o restabelecimento da atuação dos vice-líderes do governo, sendo pelo menos um deles do PT.