Sergio Moro, anunciou sua saída do cargo nesta sexta-feira (24) acusando o presidente Jair Bolsonaro de promover interferência política na Polícia Federal (PF). Moro negou ainda que tenha assinado a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, conforme foi publicado no Diário Oficial.
Em entrevista coletiva à imprensa em Brasília hoje, Moro admitiu condutas graves por parte de Jair Bolsonaro para interferir na atuação da Polícia Federal.
Dois representantes da ultradireita, Sergio Moro e Bolsonaro chegaram ao fim de uma relação após o presidente demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo
As circunstâncias em que foi derrubado o ex-diretor geral da Polícia Federal deixam claro que o presidente Bolsonaro entra em pânico quando desconfia que pode haver investigação criminal sobre seu entorno.
É esperado que o ministro se demita, conforme ele próprio informou ao governo nesta quinta, ao saber da trama bolsonarista para rifar Valeixo
Dólar disparou e chegou a R$ 5,48. Ministros militares foram escalados para convencer ministro a ficar, diz jornal.
Ao avaliar o grau de desgaste, o presidente não aceitou o pedido, mas manteve a decisão de mudar a direção da PF
Após ser informado pelo presidente de que haveria mudança na direção da PF nos próximos dias, o ministro ex-juiz pediu demissão
“É uma crise de saúde, não tem como prender o vírus”, disse o ministro, que reclama das cobranças por mais protagonismo na crise. Mas já acionou as Forças Armadas para caso de protestos violentos
Estavam presentes somente a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Verbas que deveriam chegar aos trabalhadores e às empresas ficam “empoçadas” e desaparecem nas operações do sistema financeiro
Bolsonaro fala a interlocutores que Moro “só pensa nele” e “não está fazendo nada” para ajudar o governo na batalha que o presidente trava com os governadores sobre as medidas de controle da coronavírus