A CIA e o Pentágono obrigaram médicos e psicólogos estadunidenses a participar de torturas e tratamento degradante de suspeitos de terrorismo, segundo denunciou um estudo publicado nesta segunda-feira (4).
Paradoxos mexicanos: o sofrimento se multiplica em boa parte dos hospitais psiquiátricos do país. Falta comida; instalações infames; pouco pessoal (ou pouco capacitado); isolamento até por 90 dias; discriminação; humilhações; maltrato; tortura; e, inclusive, uma violação. Esse é o panorama que a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (Cndh) encontrou após analisar 41 clínicas de saúde mental que dependem do governo federal (8) ou dos governos estatais (33).
A Comissão Nacional da Verdade e a Comissão (CNV) Estadual da Verdade do Rio de Janeiro realizaram, neste sábado (12) e domingo (13) a segunda sessão pública para tomada de depoimentos de militares vítimas da ditadura militar. José Bezerra da Silva, advogado e ex-militar, relatou à CNV como funcionavam as torturas e a perseguição a militares que não apoiavam o regime, que aconteciam nas instalações do aeroporto do Galeão.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil fluminense encaminhou, na noite de terça-feira (1º/10), ao Ministério Público do Rio, a conclusão do inquérito sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarido de Souza, de 47 anos. Ele sumiu no dia 14 de julho depois de ser levado para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
A família de Norberto Nehring, economista e professor da Universidade de São Paulo (USP) que foi assassinado durante a ditadura militar no país, pediu nesta sexta-feira (27) à Comissão da Verdade do Estado de São Paulo que seja providenciada uma nova certidão de óbito de Nehring. A família pede que o documento aponte que ele morreu sob tortura, por lesões e maus-tratos e que seja definido o local em que a morte ocorreu.
Com o objetivo de homenagear o centenário de Hiram de Lima Pereira, a próxima edição do Sábado Resistente, que ocorrerá no próximo a sábado (05) exibirá sessão especial do documentário inédito “Lua Nova do Penar”.
A historiadora Dulce Pandolfi arranca aplausos no Festival de História ao falar sobre o depoimento prestado à Comissão da Verdade, em que acusou o Estado brasileiro de culpado pela tortura cruel que sofreu durante a ditadura civil-militar
Por Alice Melo
Instrumento de luta de familiares de mortos e desaparecidos políticos da ditadura militar, o grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo trava uma disputa para continuar suas atividades no sobrado cedido pessoalmente por Dom Paulo Evaristo Arns, em 1987. Utilizada como espaço cultural e social, a propriedade, localizada em um espaço estratégico da cidade, na Rua Frei Caneca, corre o risco de dar lugar a um estacionamento.
Por Simone Freire, no jornal Brasil de Fato
Como manter viva a memória dos que tombaram durante a ditadura militar? De que maneira contornar os impedimentos legais trazidos pela Lei da Anistia, promulgada há trinta anos, e prosseguir com os trabalhos de resgate e reconstrução deste período? De que modo juntar os fatos dispersos para montar o quebra-cabeças e recuperar a imagem de uma das fases mais escuras da história do nosso país? Essas e outras questões são discutidas no documentário 'Verdade 12.528'. O documentário Verdade 12.528, cujo nome se relaciona exatamente à lei que criou a Comissão Nacional da Verdade em 2011 e a instituiu em maio de 2012, vem dar a sua contribuição no sentido de aprofundar o debate.
Em depoimento, realizado nesta sexta-feira (23), à Comissão da Memória e Verdade da UnB, o ex-aluno da Universidade de Brasília (UnB), Hélio Doyle declarou que o Ministério do Exército foi utilizado como centro de detenção e de tortura durante a ditadura militar. Também prestou depoimento o ex-aluno Álvaro Lins. Ambos participaram do movimento estudantil nos anos 1960 e 1970.
“Na relação do torturador com o torturado a única coisa que não pode acontecer é você falar ‘não falo’. Se você falar ‘não falo’, dali a cinco minutos você pode ser obrigado a falar, porque eles sabem que você tem algo a dizer” (trecho do depoimento de Dilma Rousseff, sobre a tortura sofrida durante o período militar no Brasil).
Por Patrícia Beloni
Cerca de 900 mil páginas de um conjunto de 710 processos envolvendo o período da ditadura militar no país, julgados pelo Superior Tribunal Militar (STM), foram digitalizados e já estão à disposição do público no site Brasil: Nunca Mais Digit@l.