A polícia da Turquia desalojou à força, nesta quinta-feira (20), os acampamentos de protestantes nas cidades de Izmir e Mersin, onde prendeu dezenas de pessoas, enquanto também são registrados confrontos em Ancara entre manifestantes e a polícia, de acordo com a imprensa turca.
Em uma nova jornada de manifestações, nesta terça-feira (18), 25 pessoas foram detidas em Ancara, a capital da Turquia, e outras 13 em na cidade no noroeste, Eskişehir, além de “muitas” outras em Istambul, em meio a uma dura repressão policial, de acordo com informações da emissora estatal turca TRT.
O Colégio de Advogados da Turquia confirmou nesta segunda-feira (17) que ao menos 400 manifestantes foram detidos em Istambul, e em Ancara, o número ronda os 150, após uma larga jornada de protestos e repressão policial. O organismo urgiu o Conselho da Europa a tomar medidas urgentes para a proteção dos direitos humanos, com base nos seus estatutos. O líder da oposição turca e presidente do Partido Popular Republicano, Kemal Kilicdaroglu, disse ver nos protestos um ponto de viragem.
O primeiro-ministro turco, Erdogan, tratou de ‘terroristas’ os milhares e milhares de manifestantes que, em diversas cidades do seu país, vêm mantendo nas ruas um vigoroso combate contra as políticas do seu governo.
Por Filipe Diniz*, no jornal Avante!
Após o agravamento da situação na Turquia,o chefe do serviço de espionagem do regime israelense, o Mossad, e o chefe dos serviços de espionagem turcos (MIT, em sua sigla em turco), não mantiveram os braços cruzados e fizeram uma reunião em segredo na capital da Turquia, Ancara.
O primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan defendeu nesta terça-feira (11) a repressão policial violenta contra os manifestantes em várias cidades do país, e assegurou que se manterá firme em sua postura ante os protestos congregados na simbólica Praça Taksim, em Istambul. Após 12 dias de protestos, as autoridades confirmaram nesta terça que quatro pessoas morreram nas manifestações.
As torcidas dos times de futebol da cidade – com longa história de lutas entre elas – unem-se na praça e fazem subir o tom do protesto. O Primeiro-Ministro mantém a Polícia longe da praça Taksim, age em outros pontos da cidade e convoca manifestações para apoiá-lo. A ocupação vive seu momento de afluência máxima, e os organizadores dão-se conta do cansaço. Resistência é questão, também, de tempo.
Por Juan Luis Sánchez, no espanhol El Diario
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu o “cessar imediato das manifestações” em suas primeiras palavras logo após regressar de uma viagem à África, nesta sexta-feira (7). “Os assim chamados jornalistas, artistas e políticos estão provocando esses protestos”, disse, e acusou os manifestantes, que foram reprimidos brutalmente, de saquear lojas e destruir propriedade pública. O premiê não reconhece a amplitude das causas e faz paralelos simplistas deliberadamente.
Reportagem de Shaghayegh Tajvidi, produtor da The Real News Network, emissora de televisão pela Internet, mostra a evolução dos acontecimentos na Turquia, quando cerca de 240 mil trabalhadores entraram em greve por dois dias após a repressão aos manifestantes que saíram às ruas por causa de reformas em um parque de Istambul, o que acabou se transformando em um gigantesco movimento de protesto contra o governo do país.
Primavera Turca? Não. Ou, pelo menos, ainda não. O Primeiro-Ministro turco Recep Tayyip Erdogan será o novo Mubarak? Não. Ou, pelo menos, ainda não.
Por Pepe Escobar, Asia Times Online – The Roving Eye
Os cidadãos de diversos países do mundo, entre eles dos Estados Unidos, da Grécia, Alemanha e Bulgária expressaram nesta segunda-feira (3) a sua solidariedade ao povo turco, que vive uma semana de protestos intensos contra o governo da Turquia, do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
A dura repressão policial já deixou centenas de pessoas feridas, algumas delas cegas, por disparos com cilindros de gás e balas de borracha, assim como spray de pimenta, por ordem do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan.