Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc projeta uma chocante estatística: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. E já foi pior: há 10 anos, eram oito as mulheres espancadas no mesmo intervalo.
Onze soldados acusados de estuprar mais de 60 mulheres do leste do Congo foram a julgamento nesta quinta-feira (10), em uma corte militar. Os homens são acusados de estupros em massa durante os ataques no Ano Novo em Fizi, na instável província de Kivu Sul, onde os estupros são comuns na guerra entre Exército, rebeldes e insurgentes internacionais.
O ano mal começou e os casos de violência contra a mulher já estampam os jornais baianos e o número de casos só parece crescer. Em janeiro, apenas a unidade de Brotas da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) registrou 660 queixas de diversas formas de violência. As denúncias aumentaram desde a criação da Lei Maria da Penha, mas esta situação pode mudar devido a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que abranda a punição para os agressores.
Dados da Central de Atendimento à Mulher indicam o Ligue 180, serviço da Secretaria Nacional de Política para as Mulheres, contabilizou em 2010 um aumento de 128% no total de denúncias de violência contra a mulher em relação ao registrado no ano anterior. Foram 615.791 registros entre janeiro e outubro do ano passado, contra 269.258 casos no mesmo período de 2009.
A partir de agora, os casos de pacientes vítimas de violência que chegam aos estabelecimentos de saúde – públicos e privados – terão que ser notificados ao Ministério da Saúde. Antes, os hospitais só precisavam notificar as autoridades policiais. Embora não trate especificamente da violência contra as mulheres, o texto automaticamente remete a casos de estupro e agressão física, dos quais elas são as maiores vítimas.
Millicent Gaika (foto acima) foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive. Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.
Preocupadas com os índices de violência praticados contra mulheres no Estado, a União Brasileira de Mulheres no Ceará (UBM/CE) está planejando uma série de ações com o objetivo de alertar as autoridades sobre tais crimes.
Após denúncia anônima, polícia encontra idosa em cubículo sujo, sem luz e trancado com cadeado; aposentado vivia com cúmplice na mesma casa.
O Jornal Diário do Nordeste publicou nesta segunda (10/01), matéria sobre o balanço da violência contra a mulher no Ceará, intitulada “153 mulheres mortas em 2010”. De acordo com os dados coletados, o número de mulheres assassinadas aumentou em 12,5%, comparado ao ano de 2009, em que 136 foram o total das vítimas no Estado.
A nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, deputada Iriny Lopes (PT-ES), afirmou nesta segunda (03) que vai continuar a dar “tratamento decisivo” no enfrentamento da violência contra a mulher. Durante a cerimônia de transmissão de cargo, ela elogiou o mandato da antecessora Nilcéa Freire e destacou a importância do engajamento do órgão com os movimentos sociais.
A Justiça não reconhece o namoro como relação íntima de afeto. Os crimes de agressão às mulheres, nesses casos, são tratados na legislação penal comum, mais amena. Essa situação muda a partir da aprovação, esta semana, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, da inclusão das agressões feitas pelo namorado na Lei Maria da Penha. A proposta, que já havia sido aprovada pela Comissão de Seguridade Social, será encaminhada para análise do Senado.
Preso e autuado em flagrante na Delegacia de Atendimento à Mulher em Jequié, Sudoeste do estado, de onde foi encaminhado ao Complexo Penitenciário local, acusado de agressão, o ex-policial militar Gilson Messias de Oliveira Amaral sequer chegou a ser encarcerado. A justificativa apresentada pelos policiais de plantão: falta de vagas na carceragem, destruída este ano durante rebelião. O resultado após assinar o termo de soltura: liberdade retomada e o assassinato da sua companheira, Janete Silva.