Um erro crasso

É um erro crasso, uma patada na realidade, dizer-se que “estamos vivendo numa anarquia sindical porque o movimento está sendo dirigido por interesses financeiros e pessoais”.
Tudo indica que a situação é outra, e é positiva.

A unidade de ação das centrais tem sido uma força capaz de coesionar o movimento e indicar rumos vitoriosos. Exemplo eloquente foi o enfrentamento e a superação da crise.

As campanhas salariais têm obtido resultados positivos, com ganhos reais de salários, aumento dos pisos e outras vantagens. Em Curitiba, o sindicato dos metalúrgicos, apoiado pela Força Sindical, criou para dar sustentação à greve vitoriosa de 17 dias dos trabalhadores da Audi-VW um fundo de greve, o que demonstra o empenho de luta que está existindo. Desde quando não ouvíamos falar de “fundo de greve”? Desde quando não o constituíamos como instrumento de luta?

As centrais preparam a 6ª Marcha para Brasília com bandeiras comuns e fortes, como a luta pela redução constitucional da jornada, sem redução de salários. Será um sucesso.
E todas elas, em conjunto, irão a Genebra para denunciar junto à OIT as agressões que tem sofrido o movimento por conta de incompreensões e práticas tendenciosas da justiça e dos procuradores. E mais, num gesto de solidariedade que nos engrandece, convidaram para fazer parte da delegação brasileira o MST e a CONTAG, dando internacionalmente voz aos camponeses sem-terra e aos pequenos agricultores, vítimas de discriminação, repressão e perseguição.

O processo de implantação da lei de autorreconhecimento das centrais – que valida sua existência – está em curso com as dificuldades de praxe, mas com plena aceitação de seus aspectos centrais pelo conjunto do movimento. O menos expressivo dos seus procedimentos é a distribuição dos recursos legais que também não tem tido contestação a não ser dos inimigos do movimento, como o DEM.

As lideranças, neste esforço unitário, firmam-se como personalidades fortes, hábeis, e capazes de conduzir o movimento de forma a defender os interesses dos trabalhadores de todo o Brasil. Não há, pois, anarquia, nem interesses financeiros e pessoais predominantes.

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