Sérgio Moro disse, em evento organizado pelo jornal O Estado de São Paulo, que o resultado das eleições de outubro traz riscos de retrocesso para a Operação Lava Jato. Em outras palavras, as eleições são um problema, segundo Moro.
Amanhã, dia 24, acontece no México a primeira cúpula reunindo os presidentes do Mercosul e da Aliança do Pacífico. O encontro é revestido de um caráter inusitado, já que divergências profundas marcam esses dois modelos de integração.
Em um célebre poema, Octavio Paz fala do cheiro de pólvora que inebria o México quando lembra seu passado. As lutas antigas, da independência à Revolução iniciada em 1910, passando pelas guerras em torno do processo de construção do Estado no século XIX, surgem ali com uma dubiedade inquietadora: são as raízes ancestrais e são também o passado heroico que pesa sobre a inação contemporânea.
No último dia 12, com transmissão ao vivo pela TV, Donald Trump e Kim Jong-un se encontraram em um hotel de luxo na ilha de Sentosa, em Singapura. Geralmente, as instalações ali são usadas por casais ricos em luas-de-mel, mas naquele dia foi diferente.
No fim deste mês e início de julho, Colômbia e México elegerão seus novos presidentes. Há décadas ambos os países são governados por conservadores alinhados a Washington. Agora, a história pode mudar: as forças populares emplacaram seu candidato no segundo turno das eleições colombianas e lideram com folga no México.
Não se olha para um relógio sem uma instintiva sensação de pavor. “Lá no fundo está a morte, mas não tenha medo”: foi a recomendação de Julio Cortázar antes de prosseguir com as instruções para se dar corda em um relógio, nas “Histórias de cronópios e de famas”.
No último dia 08, o governo dos Estados Unidos anunciou que, unilateralmente, retomará sanções contra o Irã, rompendo um acordo assinado entre os dois países e referendado amplamente. Para Trump, tratados são apenas folhas de papel.
As aves de rapina que sobrevoam a integração latino-americana surgiram nos céus em dois eventos de abril. O primeiro deles foi a Cúpula da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em Lima, em meados do mês.
O novo alto escalão do governo norte-americano mostrou a que veio. A guerra na Síria tornou-se para Trump a oportunidade de compensar, diante do mundo e do público interno, sua derrota ante a determinação norte-coreana, que o fez retroceder após um ano de agressões e ameaças de guerra.
Em política, o real está no que não se vê, escreveu José Martí, no século XIX. Hoje, continua sendo verdade. Para a surpresa até de aliados e membros de seu governo, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no mês passado sua disposição para realizar, já em maio, uma cúpula com Kim Jung-un, líder da Coreia do Norte.
O ditador concebido por Garcia Márquez em “O Outono do Patriarca” deu um único conselho a seu filho: “nunca, absolutamente nunca, emita uma ordem sem ter certeza de que ela será de fato cumprida”. Desrespeitar esse mandamento é, nas palavras do ditador, o único erro que alguém com poder de comando não pode cometer jamais.
Não é saudável para uma República ver constantemente no noticiário o nome de seus juízes e generais, mais expostos que suas lideranças eleitas. Tanto a magistratura como as Forças Armadas são mais que meros cargos públicos, mas sim a própria expressão do poder do Estado, pilares do conceito de soberania. Pelo Poder Judiciário, o Estado garante a prerrogativa de sua jurisdição e pelas armas a capacidade de defender-se de agressões externas, ou seja, sua capacidade de manter-se independente.