Ao desembarcar no aeroporto de Brasília nesta terça-feira passada, o motorista do táxi que me levou ao centro da cidade iniciou uma longa conversa cujo tema principal e único foi sobre a visita do presidente norte-americano Barack Obama à capital federal.
Os acontecimentos internacionais nestes últimos meses estão revelando à opinião pública mundial a verdadeira face de uma ordem mundial esgotada apesar da hegemonia do grande capital financeiro em escala planetária, sempre sob a gendarmeria do império do norte com as suas inúmeras frotas singrando os mares e centenas de bases militares em vários continentes.
Para nós, exige muita reflexão a singularidade da realidade brasileira em um mundo conturbado, cheio de conflitos através de agressões militares e dos interesses imperiais lançando-se sobre as nações em um cenário de descolonização inconclusa, como é o caso atual dos países árabes além de várias outras regiões mundo afora.
Uma sucessão de acontecimentos extraordinários vem se espalhando mundo afora nesses últimos meses, mas que representam simplesmente a ponta do iceberg de um conjunto de fenômenos que vem abalando o sistema capitalista em todo o planeta.
Os últimos acontecimentos no mundo árabe onde as populações rebeladas têm ido às ruas para exigir o fim de ditaduras violentas, trouxeram mais uma vez à tona uma discussão que vai se tornando rotineira.
Um release divulgado mundialmente informa que uma agressiva campanha contra o consumo do álcool estará em curso muito em breve. E diz que pesquisadores britânicos concluíram que o hábito de beber é mais prejudicial, ao usuário e ao meio social, do que a heroína ou o crack.
Na década de setenta passada surgia na Inglaterra e nos Estados Unidos o neoliberalismo. Algum tempo depois, em 1989, Francis Fukuyama, norte-americano, até então um obscuro professor de História e Filosofia, publica um artigo, em uma revista de circulação restrita, intitulado “O fim da História” e posteriormente, em 1992, o livro “O fim da História e o último homem”.
Os extraordinários acontecimentos que estão sacudindo o mundo árabe obrigam todas as nações a voltarem suas atenções para os países da região. E não sem razão, porque duas questões fundamentais estão em jogo em consequência das explosões populares, em especial no Egito.
Vou me convencendo cada vez mais da alta capacidade científica e analítica de determinados âncoras da TV a cabo a que eventualmente assisto premido pela necessidade da informação, mesmo que desconfie da possibilidade de vir a ser desinformado, de má fé, e em alta resolução tecnológica.
A tragédia que se abateu sobre a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, culminando com a morte de mais de 700 pessoas, é mais um dos capítulos de uma longa e muitas vezes fatídica novela que vem se arrastando há décadas, principalmente, mas não só, nas capitais e grandes cidades do país.
A tentativa de assassinato, que culminou com a morte de várias pessoas, da deputada norte-americana Gabrielle Giffords por um “jovem desequilibrado” no estado do Arizona suscita a questão recorrente sobre a violência política nos EUA.
A agenda pós-moderna do século XXI, introduzida como pauta através da grande mídia oligopolizadora, é algo que nos deixa a pensar sobre as coisas verdadeiramente relevantes ao engrandecimento do pensamento da sociedade e de cada um de nós.