Compartilho o ponto final de mais um romance que escrevi e seguiu para o prelo. É o “Vidas Trocadas: Memórias de Médicas…”, que tem a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) como cenário e as pelejas de duas “médicas de aldeia”, a avó e a neta, durante quase um século fazendo medicina nas brenhas, saga iniciada quando a saúde ainda não era direito de todos nem dever do Estado, como diz a protagonista drª. Dália: “Nunca foi fácil fazer chegar medicina aos pobres”.
O povo brasileiro tem “espírito olímpico”, basta ler sobre o orgulho que a abertura despertou em todos nós. O governo do interino ignora que o sentido internacionalista dos Jogos Olímpicos é a luta pela paz, pois desencadeou repressão generalizada sobre quem ouse bradar a insatisfação política com a conjuntura brasileira.
Na semana passada, estive em Imperatriz (MA) durante três dias. Voltei desolada da Terra do Frei (carmelita baiano frei Manoel Procópio do Coração de Maria, 1809 ou 1810-1886, fundador da cidade em 16.7.1852) por não ter conseguido comer minha comida predileta e obrigatória: a panelada do João do Cruzeiro do Sul, vendida ao ar livre na avenida Getúlio Vargas desde o amanhecer até acabar, e à noitinha também.
“Em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, realizou-se o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, do qual decorreram duas decisões: a criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha.
Estou virando santeira, restrita a santas e santos negros, que o povo canonizou, a quem o Vaticano não reconhece a santidade; todavia, não se recusa a ganhar rios de dinheiros em nome deles.
O festejo de são Raimundo Nonato dos Mulundus, o santo vaqueiro, protetor e padroeiro dos vaqueiros, é um novenário – de 22 a 31 de agosto, dia em que ele faleceu (ou foi encontrado morto?), na antiga fazenda, hoje povoado, Mulundus, a 30 km de Vargem Grande (MA).
Elizabeth Kübler-Ross (1926-2004), psiquiatra suíça, se formou em medicina em 1957, na Universidade de Zurique, na Suíça. Casou-se com o médico norte-americano Emanuel Ross, que se formou também em Zurique.
As crianças, após o jantar, viam TV. Fazia uma temperatura agradável, mas para nós, nordestinos, recém-chegados a Belo Horizonte, era frio. A campainha tocou. Atendi.
Compartilho trechos do didático artigo de Carolina Cunha “Cultura do estupro: você sabe de que se trata?”:
Sempre que os serviços de saúde são atacados em nome da restrição de aportes financeiros, esquecem que nós, as mulheres, somos pouco mais da metade do povo brasileiro.
A cidadania das brasileiras ainda é frágil, sobretudo quanto ao direito de decidir sobre o próprio corpo. Basta olhar de relance o desmonte promovido pelo governo interino sobre os diretos da mulher, sem falar na ausência delas no primeiro escalão do governo; no rebaixamento do status de ministério da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres; e, conforme a Apeoesp, a “bancada evangélica quer incluir o criacionismo e excluir religiões de matriz africana do currículo escolar”. Pura treva!
Busco arrego em Guimarães Rosa: “O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas”. Papete (José de Ribamar Viana) virou encantado em 26.6.2016. “Mamãe eu tô com uma vontade louca/ De ver o dia sair pela boca/ De ver Maria cair da janela/ De ver maresia /Ai maresia… Bandeira de aço/ Bandeira de aço…” (César Teixeira).