Se Chico Mendes ainda estivesse entre nós, teria escapado da morte muitas vezes, mas por certo iria morrer agora, de desgosto, só de ver o que estão fazendo com a floresta que ele tanto defendeu. Há 29 anos, quase Natal de 1988, balas certeiras de ruralistas tiraram sua vida, mas ainda hoje reverberam mundo afora, em sinal de alerta.
Robert Mugabe era líder guerrilheiro no combate ao governo racista da antiga Rodésia, colônia britânica, hoje Zimbábue. Eu estava em Dar Es-Salam, capital da Tanzânia, que servia de ancoradouro aos movimentos de libertação da África Austral (inclusive Angola e Moçambique), e Mugabe me recebeu no hotel em que estava, após alguma insistência minha.
Há 322 anos, em 20 de novembro de 1695, morria Zumbi dos Palmares, encerrando mais de um século de resistência naquele que foi o maior quilombo da história do Brasil. Ele morreu na guerra contra a escravidão, hoje extinta, mas a luta contra a desigualdade ainda se faz necessária.
Em pleno século XXI, os ruralistas, atuais senhores da casa-grande, são agraciados com uma portaria do Ministério do Trabalho que já seria mal recebida pela sociedade há cem anos, ainda na época da escravatura legal e aberta no Brasil.
As primeiras chuvas, depois de prolongada estiagem em boa parte do Brasil, trouxeram alegria, encantamento e alívio. É incomparável a sensação agradável da água caindo de novo, especialmente após mais de 120 dias de sequeiro.
Adotar uma crença religiosa é um direito assegurado a todo cidadão brasileiro pela Constituição Federal. No entanto, essa escolha deveria ser de cada um, em sã consciência, quando em idade apropriada, não por indução de qualquer mecanismo, como a imposição familiar ou o ensino religioso nas escolas.
O discurso do presidente golpista Michel Temer na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA) a 19 de setembro, além de bem fraco, foi bastante falso. Uma salada de invencionices pra chinês ver, sem entusiasmo, envergonhado, como menino que mente.
O discurso do presidente golpista Michel Temer na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA) a 19 de setembro, além de bem fraco, foi bastante falso. Uma salada de invencionices pra chinês ver, sem entusiasmo, envergonhado, como menino que mente.
Com o neoliberalismo de novo no poder, volta à moda o conceito de que ser capitalista é que bom, e que ser grande capitalista é o que vale, pois o pequeno não interessa. Nos órgãos públicos federais, sumiram as possibilidades de apoio ao pequeno dono de negócios, seja ele agricultor, comerciante, o que quer que seja.
Quando jovem, eu costumava me referir a Francisco Solano López como “louco” ou “doido varrido”, e por isso muita gente me olhava meio enviesado. No período da ditadura, então, criticar de forma tão severa o caudilho guarani parecia uma defesa dos militares brasileiros, que estavam no poder pela força.
Com a medida do golpista Michel Temer extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), no Amapá e Pará, fica aberto um novo Ciclo do Ouro no Brasil. Naquela área está uma das grandes reservas do precioso metal que se tem notícia no mundo, que agora será entregue de mãos beijadas a potentes grupos mineradores aliados da quadrilha que tomou conta do poder no país.
Em todos os biomas existentes no Brasil, o desmatamento tem crescido exponencialmente nos últimos anos, com destaque ao Cerrado e à Amazônia. O despencar da madeira, por mais ruidoso que seja, no entanto, não é o principal estrago que está sendo feito. Junto, desaparece toda vida silvestre, inclusive sua fauna, muitas vezes invisível – e aí é que o bicho pega.