Pode estar muito próxima outra guerra imperialista em floresta tropical, como no Vietnã, só que agora com inevitáveis estilhaços no Brasil. É o que irá ocorrer caso Donald Trump resolva mesmo invadir a Venezuela – uma guerra em plena Amazônia, na fronteira brasileira com o vizinho país, portanto.
O povo brasileiro parece estar se acostumando a pirotecnias, ilusionismos e outras artes em largo uso nas esferas do poder. Ao mesmo tempo, muitas e muitas pessoas, ainda que insatisfeitas, ao acordarem todos os dias simulam incapacidade de gritar, falar ou mesmo se mover, como que asfixiadas por algum personagem do nosso folclore.
Já estive muitas vezes na Venezuela e posso dizer que conheço bem o país inteiro, mais o interior que a capital, Caracas. E posso dizer, de igual modo, que conheço duas Venezuelas – uma anterior, outra posterior à chegada de Hugo Chaves ao poder, em 1999, com a Revolução Bolivariana.
Por diversos caminhos, governo golpista empoleirado no poder tem colocado freios nos recursos destinados às ciências no Brasil, alegando necessidade de corte nos gastos públicos. Comprova, assim, que o desenvolvimento científico é inimigo do obscurantismo.
Todas cidades ou mesmo pequenas vilas têm pelo menos um bobo (na minha infância era uma boba), que vagueia pelas ruas fazendo discursos nas portas de botecos, vendas, residências ou nas esquinas que houver. Fala o que lhe vier à cabeça, sem censura, pois ninguém presta atenção naquelas bobagens.
A tarifa zero no transporte público é algo mais simples do que se imagina e está ao alcance de qualquer governo. Mesmo nas mãos de concessionárias privadas, os custos desse serviço em todo o país são bancados pelos passageiros e pelo erário – os empresários ficam apenas com os lucros, que são sempre robustos.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), autocandidato a presidente da República, voltou a atacar o estado laico, com o ódio e sectarismo que lhe são peculiares. Ele disse que, em sua opinião, a maioria do povo brasileiro é cristã e que “os incomodados que se retirem”.
O presidente Donald Trump deu marcha a ré em tudo o que vinha sendo feito pelo seu antecessor, Barack Obama, nas relações dos Estados Unidos com Cuba. Já era pouco, embora com clareza, num bom caminho.
Chamou atenção do Brasil e do mundo todo o caso do adolescente tatuado na testa por dois facínoras comuns, desprovidos de cargos públicos ou de qualquer autoridade. Apenas acham que fazer justiça é isso, talvez por não verem Justiça neste país. Ou porque veem na TV como são tratados os adolescentes e adultos, homens e mulheres, das cracolândias da capital paulista.
O capitalismo, em tese, é perverso por natureza, representando a exploração do homem pelo homem, e pronto. Na prática, porém, por força das lutas populares, regimes capitalistas adotam políticas de caráter social, em maior ou menor escala, e por isso, como dizia Antônio Cândido, têm seu lado socialista.
Medidas recentes do Governo Federal, muitas das quais corroboradas pelo Congresso Nacional, escancaram as portas da Amazônia ao desmatamento da floresta que ainda resta. São ações de diversos tipos, apresentadas de formas diferenciadas, da agropecuária à mineração e aproveitamento de recursos hídricos, que levam à derrubada de extensas áreas e facilitam o transporte da madeira retirada.
Quando vi na TV a história daquele rapaz de Rio Branco que pensa ser Giordano Bruno e sumiu nos confins do Acre após decorar seu quarto com textos cifrados, eu não tive dúvidas sobre seu paradeiro. A começar pelo fato de que as plagas que Plácido de Castro forçou o Brasil a comprar da Bolívia parecem ser pouco apropriadas a um ser desse tipo.