O Brasil, anfitrião da Rio + 20, virou palco de encenações de uma das mais controversas polêmica em disputa na atualidade: a Economia Verde.
Engana-se quem imagina que o ludismo passou à história. O pensamento de Ned Ludd encontra seguidores em diversos campos que, na atualidade, atuam muito além do movimento operário.
Parece que a escola fisiocrata, ainda hoje, encontra terreno fértil no Brasil. Os que apostam no “poder da natureza” e na centralidade da produção agrícola em detrimento da produção industrial mostraram-se esfuziantes ante a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2011.
Uma grande iniciativa do governo federal está passando em brancas nuvens (ou em plácido repouso) pelo noticiário nacional. Passou despercebido, inclusive, nos eventos relacionados ao dia internacional da mulher, semana passada. A agenda negativa é uma premissa da mídia nacional que relega a um plano secundário os grandes projetos e ações do governo Dilma.
A Rio+20 não será uma conferência mundial sobre meio ambiente, como alguns querem fazer crer. Será uma Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que extrapola a temática ambiental. Seu tema, aliás, é “a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”. (Grifo meu).
A revista Veja faz jus a oposição que recebe dos democratas brasileiros que a acusam de golpista, pois do ponto de vista político o semanário é abertamente pró-imperialista e não se acanha em lançar mão dos métodos mais abjetos para desestabilizar governos progressistas como o da presidente Dilma. Mas não se pode negar a qualidade de várias de suas matérias, em diversos temas.
O livro A Privataria Tucana é uma das raras obras publicadas pós-2002 que volta a abordar as negociatas manipuladas nos trágicos governos entreguistas de FHC. Infelizmente, com a ofensiva midiática em aberta campanha desestabilizadora contra os governos Lula e Dilma, a esquerda brasileira se postou na defensiva, preocupada mais em se desculpar ou justificar por toda sorte de ataques disparados pelas elites, do que se posicionar no front da luta de ideias.
O editorial do jornal Folha de São Paulo, publicado no dia de finados, foi de matar. Pela primeira vez evocaram a dialética para, de forma antidialética, atacar o PCdoB.