Apesar do discurso falacioso de Guedes a favor de cortes e mais cortes nos orçamentos das áreas sociais do governo, o fato é que as despesas com juros da dívida cresceram bastante na comparação entre 2021 e 2020
É bastante preocupante quando agora apontam para uma Selic a 11,50% no ano que vem, ou seja, os 2,25% somados aos atuais 9,25% aprofundariam ainda mais o quadro recessivo para 2022
As pesquisas que buscam aferir a popularidade do presidente e de seu governo seguem em queda, sendo que aspectos como inflação e desemprego continuam despontando como os mais críticos do ponto de vista da maioria da população.
Guedes terminou por se converter um refém de suas próprias armadilhas. Agarrou-se ao cargo como pode, ainda que tenha que cometer a cada novo dia mais uma traição de tudo aquilo que dizia ser questão de princípio para si mesmo
Paulo Guedes nunca escondeu seu desejo de privatizar tudo e de apertar ao máximo possível o torniquete em termos de austeridade fiscal e de arrocho na política monetária
À medida que se aprofundava a crise política envolvendo Bolsonaro, seus colaboradores mais próximos e sua família, os grandes órgãos de comunicação seguiam apoiando de forma obtusa a agenda econômica do antigo colaborador da sangrenta ditadura do General Pinochet no Chile. Um pouco na linha do “Bolsonaro é meio tosco mesmo, mas o Guedes é do nosso time”
A estratégia visa os valores gigantescos desse importante espaço das finanças públicas e pretende torná-lo mais um estágio no longo processo de financeirização, privatização e internacionalização das atividades econômicas e sociais
A popularidade do Presidente e de seu governo despencam a cada nova pesquisa semanal divulgada. Ao mesmo tempo, em todas as sondagens percebe-se um derretimento de seu potencial em eventual tentativa de reeleição em outubro do ano que vem
A solução da vez oferecidas pelos “jênios” do Ministério da Economia apresenta agora uma outra conta que pesa na estrutura orçamentária: o pagamento de precatórios
Para um visitante desavisado, a leitura dos grandes meios de comunicação oferece a construção de um mosaico em que o principal problema do Brasil residiria em uma suposta tentativa de abandono do compromisso com o teto de gastos
O desenrolar reverteu-se das cores de uma crônica da morte anunciada. Ou Guedes mudaria sua conhecida postura em defesa de uma austeridade intransigente ou ele seria obrigado a sair do governo
A postura do governo revela-se como uma estratégia suicida para os derivados de petróleo, mas que vem sendo mantida a ferro e fogo desde o governo Temer