À medida que os dias vão se passando, o país compreenderá crescentemente as verdadeiras dimensões da tragédia que representa para os argentinos a súbita morte de Néstor Kirchner. Com ele perdemos o estadista de maior envergadura que o nosso país já produziu nos últimos 50 anos. A ele estará sempre ligada a transformação profunda do Estado que a Argentina experimenta a partir de 2003.
Por Ernesto Laclau*, no Página/12
À medida que os dias vão se passando, o país compreenderá crescentemente as verdadeiras dimensões da tragédia que representa para os argentinos a súbita morte de Néstor Kirchner. Com ele perdemos o estadista de maior envergadura que o nosso país já produziu nos últimos 50 anos. A ele estará sempre ligada a transformação profunda do Estado que a Argentina experimenta a partir de 2003.
Por Ernesto Laclau*, no Página/12
A comoção e a incomensurável manifestação de dor popular que se seguiram ao repentino falecimento, na semana passada, do ex-presidente Néstor Kirchner deixaram claro que a Argentina se abre hoje para um novo cenário político.
Por Moisés Pérez Mok, em Prensa Latina
Uma semana após a morte do ex-presidente Néstor Kirchner, o Senado e a Câmara dos Deputados da Argentina reuniram-se em sessão conjunta ao longo da tarde desta terça-feira (3) para homenagear aquele que era considerado um dos mais poderosos líderes políticos do país.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, se emocionou, nesta terça-feira, durante seu primeiro discurso público desde a morte do marido e ex-presidente, Néstor Kirchner, há uma semana. Em um evento em Córdoba, ela se comprometeu a aprofundar o modelo econômico implementado no governo do marido (2003-2007) e chorou ao citá-lo.
O escritor uruguaio Eduardo Galeano teceu elogios e afirmou que o falecido ex-presidente "Néstor Kirchner será um fogo difícil de apagar", durante uma palestra que ministrou em San Miguel de Tucumán, na província argentina de Tucumán.
O ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, afirmou nesta quinta-feira (28), que a presidente do país, Cristina Kirchner, tentará se reeleger, apesar de estar bastante abalada com a morte de seu marido e ex-mandatário Néstor Kirchner. A declaração ajuda a frear especulações sobre o futuro político da nação, que tem eleições presidenciais no próximo ano.
Presidentes sul-americanos participaram na noite de quinta-feira das homenagens ao ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que faleceu na quarta (27), aos 60 anos, de ataque cardíaco. "Kirchner era para mim mais que um presidente, era um companheiro, e comigo ajudou a construir a América do Sul e a América Latina que temos hoje", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em breve discurso no aeroporto, antes de voltar ao Brasil.
É indiscutível que a inesperada e prematura morte de Néstor Kirchner terá um impacto enorme na vida política argentina. Resumidamente, pode-se dizer, em primeiro lugar, que, com ele, desaparece, o político mais influente da Argentina, o que marcava a agenda de discussão pública e o ritmo da vida política nacional.
Por Atílio Borón*, em Cuba Debate
A morte de Néstor Kirchner levanta uma série de questões relevantes para a política da Argentina e do nosso continente. O ex-presidente, responsável pela impressionante recuperação argentina depois do fundo do poço do “corralito”, era cotado para ser o candidato a presidente do peronismo na sucessão de Cristina.
Por Rodrigo Vianna, em O Escrevinhador
Carregando velas, bandeiras e flores, milhares de argentinos fazem vigília nesta quinta-feira pelo ex-presidente e líder peronista Néstor Kirchner, morto ontem (27) aos 60 anos de parada cardiorrespiratória, cujo velório acontrece na Casa Rosada. Líderes sul-americanos começaram a chegar a Buenos Aires.
“Um dirigente nacional e internacional que acreditava no multilateralismo”, lembrou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Que grande perda sofre a Argentina e nossa América! Viva Kirchner para sempre!”, postou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no Twitter. “Foram notáveis seu papel na reconstrução econômica, social e política de seu país e seu empenho na luta comum na integração sul-americana”, destacou o presidente Lula.
Por André Cintra e Priscila Lobregatte