Quando acusou Lula de uma espécie de neoperonista, FHC vestia, em cheio, o traje da direita oligárquica latinoamericana. Que não perdoou e segue sem perdoar os líderes populares latinoamericanos que lhes arrebataram o Estado de suas mãos e impuseram lideranças nacionais com amplo apoio popular.
Por Emir Sader, no Blog do Emir*
Vinte e seis anos depois de os após os militares terem deixado o comando do país e voltarem à rotina dos quartéis, a Argentina continua acertando contas com seu passado. Ontem (23), um tribunal de Buenos Aires condenou à prisão perpétua o ex-general Jorge Oliveira Róvere e o ex-coronel Bernardo José Menéndez por crimes cometidos contra os direitos humanos durante a ditadura militar no país, entre 1976 e 1983.
Nâo foi uma sapatada, como na célebre coletiva do ex-presidente George W. Bush em Bagdá, mas o projétil foi igualmente contundente. A embaixadora dos Estados Unidos na Argentina, Vilma Martínez, iniciava uma palestra numa universidade de Mendoza nesta quinta-feira quando uma laranja voou do auditório em sua direção.
A liberdade de imprensa ganhou novo fôlego na Argentina na madrugada deste sábado, 10, com a aprovação, por parte do Senado, da inovadora lei de radiodifusão, mais conhecida como "lei da mídia", que aumentará a participação da sociedade e do governo nas decisões envolvendo a concessão de licenças para canais de TV e rádio.
Em seu programa, Alô Presidente, o líder venezuelano Hugo Chávez fez uma comovente homenagem a cantora argentina Mercedes Sosa, que faleceu neste domingo (4). A artista de 74 anos estava internada desde o dia 18 de setembro no Sanatorio de la Trinidad, em Palermo, e seu estado de saúde se agravou na última semana, devido a problemas renais que afetaram o sistema cardiorrespiratório e órgãos vitais. A cantora estava em coma e respirava com a ajuda de aparelhos.
A cantora popular Mercedes Sosa, de 74 anos, segue em estado grave e com "piora de suas funções vitais", disse nesta sábado (3) um médico do hospital onde ela se encontra hospitalizada.
Ao fim de um braço-de-ferro com a oposição conservadora, o governo da presidente Cristina Kirchner aprovou na madrugada desta quinta-feira (17), por "um número contundente e importante" de votos, a nova lei de comunicação audiovisual. De conteúdo antimonopolista, o projeto é alvo de uma campanha dos barões da mídia local. Após 14 horas de debate, foram 146 votos a favor e três contra, pois a oposição conservadora se retirou do plenário.
O jornalista e escritor argentino Horacio Verbitsky, figura da luta pelos direitos humanos, faz uma análise do panorama político do país nas últimas décadas e acredita que o atual governo está empenhado em resolver os grandes problemas da população.
A Câmara dos Deputados da Argentina convocou para a próxima terça-feira uma audiência pública sobre o projeto da Lei de Mídia, em meio à forte resistência da oposição de direita e dos meios de comunicação do país. Os blocos parlamentares de centro-esquerda, por sua vez, apoiam o debate, mas pedem mudanças no projeto enviado pelo governo argentino.
A Argentina está disposta a implementar uma nova Lei de Comunicação Audiovisual que substitua o decreto 22.285 de 1980, criado durante a última ditadura militar daquele país, no governo do general Jorge Videla. O texto revisado do novo projeto foi apresentado em março passado e passou por mudanças sugeridas em dezenas de fóruns ocorridos desde então. Na quinta-feira (27), a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou a lei ao Congresso Nacional.
O veto parcial da presidente Cristina Kirchner a uma lei que suspendia tributos a exportações de alimentos em zonas afetadas pela seca reavivou o conflito com o intransigente setor agrário argentino. Os produtores rurais anunciaram uma paralisação, a partir de sexta-feira (28), do comércio de grãos e bovinos, com destino ao setor industrial e às exportações.
A Corte Suprema de Justiça da Argentina declarou hoje inconstitucional punir a posse de pequenas quantidades de maconha para adultos, cujo consumo "não coloque em risco outras pessoas".