Estabeleceu-se no governo de Bolsonaro uma confusão para se saber quem ia, ou se não ia ninguém, representar o Brasil na posse de Alberto Fernandez, o recém-eleito presidente da Argentina. Isto não seria nenhum problema sério para a diplomacia tradicional e refinada do Itamarati. Mas no Itamarati, hoje, pontifica um ministro desnorteado, dos mais resolutos membros do grupo ideológico terraplanista aboletado no governo federal.
Por Haroldo Lima*
O primeiro tema que o novo governo argentino, encabeçado pelo advogado Alberto Fernández, de 60 anos, precisará enfrentar é o da governabilidade – a situação interna, condicionada por uma dívida externa monumental e pelo crescimento constante da fome e da pobreza nos últimos quatro anos. Por isso, talvez, sua insistência na necessidade de um pacto social que, espera-se, crie condições para a decolagem, ao invés de ser causado pelo medo do que virá.
Por Aram Aharonian*
O lilás dos jacarandás não foi suficiente para amenizar o sol que brilhou em Buenos Aires na manhã desta terça-feira (10). Apesar do calor intenso, milhares de argentinos se aglomeraram nas praças para ver a chegada de Alberto Fernández e Cristina Kirchner à Casa Rosada. Pelo caminho, um balé de bandeiras celestes mescladas ao céu muito azul e às cores vivas da whiphala e dos povos mapuche, deu o tom da festa do campo popular no Sul do mundo.
Por Mariana Serafini, especial para o Portal Vermelho
O novo presidente, Alberto Fernadez, e a vice, Cristina Kirchner, tomaram posse no Congresso Nacional e ao longo do dia ocorrerão vários eventos. Desde o início da tarde, acontecemna Plaza de Mayo, vários shows musicais. Por volta dos 19 anos, Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner conversarão com a multidão que os espera na praça.
A Argentina celebrou no dia 27 de outubro a derrota do governo neoliberal de Mauricio Macri. A situação econômica do país é grave. Em 2018, o PIB registrou queda de 2,48 % e a expectativa para 2019 é de mais uma queda de 3 %, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Por Marcelo Fernandes*
Ela é jovem, descolada, feminista, defensora da legalização do aborto e militante de um movimento popular. Ofelia Fernández não lembra o padrão de pessoas que costumam ocupar cargos eletivos e espaços de decisão na política institucional. Mas, a partir de 10 de dezembro, ela assume como deputada de Buenos Aires, capital da Argentina. Eleita em outubro, a garota de 19 anos votou para presidente pela primeira vez no mesmo pleito em que foi eleita a legisladora mais jovem da América Latina.
Um pequeno relatório intitulado Oito Pontos sobre a Economia perturbou a transição de governo na Argentina. O texto de sete páginas – que não tem assinatura ou papel timbrado, mas foi distribuído pelas equipes de comunicação da presidência – afirma que a situação econômica que Mauricio Macri legará ao seu sucessor, o peronista Alberto Fernández, deixará o país sul-americano “pronto para crescer” em 2019. Do México, onde está em viagem, Fernández pediu ao macrismo que “pare com a mentira”.
Ao visitar a Argentina, logo após sua posse, Bolsonaro, em mais uma demonstração de desconhecimento do que faz e fala, rasgou elogios ao presidente daquele país, Mauricio Macri. Elogiou a sua política, dizendo ser também a sua. Julgando-se grande cabo eleitoral, ele manifestou todo apoio ao parceiro para as eleições que se aproximavam.
*Por Aluisio Arruda
No retorno da esquerda ao poder na Argentina há um personagem fundamental que não pode passar despercebido: a televisão.
Por Antonio Lisboa, no site Jornalistas Livres
O levante popular no Chile e a importante vitória na Argentina impulsionaram um conjunto de comparações com a situação brasileira.
*Ricardo Cappelli
O jornalista do Barão de Itararé, Felipe Bianchi, recebe Marco Piva, apresentador do programa de rádio Brasil Latino e diretor do canal O Planeta Azul, para comentar a eleição na Argentina, a realização de segundo turno no Uruguai e a conjuntura do continente.
Alberto Fernández e Cristina Kirchner venceram as eleições presidenciais argentinas neste domingo (27). Trata-se, evidentemente, de um grande feito político-eleitoral, pois se abre para o povo argentino a expectativa de melhorar sua qualidade de vida, duramente golpeada pelo liberalismo de Mauricio Macri que, finalmente, o levou às cordas e à derrota.
*Por Carlos Siqueira