“As pessoas ainda estão sofrendo as consequências da primeira pandemia. É como se uma estivesse emendada na outra”, diz Bruno Kesseler, presidente da Cufa DF.
Após discussões ao longo do ano sobre um programa que poderia substituir o Bolsa Família, com valor maior e alcançando um número mais amplo de famílias, o governo acabou desistindo.
Lista voltou ao patamar registrado no fim do ano passado
“O pior momento vai ser em janeiro”, quando está previsto o fim completo do auxílio emergencial. Com sua política de austericídio fiscal, Paulo Guedes já antecipou que o benefício não será substituído.
Sociólogo Clemente Ganz Lucio lembra que auxílio emergencial impulsionou retomada econômica.
Ao longo da pandemia, o governo reduziu o valor do auxílio de R$ 600 para R$ 300 e anunciou que não pretende renová-lo a partir de janeiro.
“O pior momento vai ser em janeiro (de 2021)”, afirma pesquisador da Ibre/FGV
Pnad Covid 19 observou que dos 6 milhões que pediram empréstimo, 800 mil foram recusados, sendo a maioria no Norte e Nordeste. Mulheres negras foram as que ficaram mais internadas com Covid-19
Com o auxílio emergencial, parte da população viu sua renda crescer acima do que era antes da pandemia e assumir a forma, inédita para muitos, de um fluxo constante e previsível. Aumentou a compra de bens com demanda represada, mas esse cenário não se sustenta
Enquanto alguns economistas defendem a medida, outros a associam a hiperinflação e endividamento.
O governo argumentou que a extensão do auxílio resultaria em um custo estimado de R$ 418 milhões sem que haja previsão orçamentária para tal.
O sindicalismo continua a combater as injustiças sociais e a mobilizar a sociedade em defesa de seus direitos. “Não fosse pelos sindicalistas, o povo brasileiro atravessaria a quarentena com, no máximo, 200 reais”