Folga do teto permitiria elevar gastos com programa social, reduziria a miséria, “mas empobreceria os ricos”.
Benefício continuará a ser pago até outubro, em meio a forte queda da popularidade do governo nas pesquisas e manifestações crescentes pelo impeachment.
Jair Bolsonaro quer ampliar programa social do PT e dar aumento a servidores para reverter popularidade em baixa, mas equipe econômica teme estouro do teto de gastos.
Projeto de lei propõe reestruturar o programa impondo uma poupança forçada ao beneficiário – depositada, claro, nos bancos – e que só pode ser sacada caso sua renda caia abaixo de um limite. É a ‘Miséria S.A.’
Políticas públicas de médio e longo prazo são necessárias para combater a insegurança alimentar, problema histórico brasileiro que se agravou com as crises política, econômica e sanitária
Há 1,35 milhão de famílias na fila para entrar no programa
O auxílio beneficiou trabalhadores informais e autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda. O programa se encerrou em dezembro de 2020, mas diversos parlamentares têm apresentado projetos para retomar o benefício
“Por que o governo quer alguém da ABIN pegando dados da população pobre?”, diz Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social, defendendo investigação sobre o eventual uso privado e comercial das informações.
Lista voltou ao patamar registrado no fim do ano passado
“Eles estão excluindo e jogando na extrema desgraça – não dá nem pra dizer que é miséria – 15 milhões de famílias, porque você tem hoje 30 milhões de famílias que não têm renda nenhuma e que dependem do auxílio emergencial”, diz Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social da ex-presidenta Dilma
Será muito difícil implantar um programa social robusto com a rigidez imposta pelo teto de gastos, que limita a alta do gasto público à inflação até 2036.
Projeto do Governo quer destinar recursos do Fundeb para substituto do Bolsa Família. Com isso, Bolsonaro espera manter a popularidade para sua reeleição