O presidente do Equador, Rafael Correa, é um dos primeiros chefes de Estado a comentar a assinatura do acordo de paz definitivo entre o governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo). Durante um programa televisivo local, o mandatário felicitou o país de Juan Manuel Santos e disse que o fim do conflito de mais de 50 anos é “um vendaval de frescor” para toda a América Latina.
A Colômbia nunca esteve tão perto de dar por encerrado o conflito que já dura mais de 50 anos. Nesta terça-feira (23) o Governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) anunciaram que as negociações para atingir o acordo definitivo de paz foram encerradas. Os Diálogos de Paz aconteceram em Havana, Cuba, durante 4 anos.
Por Mariana Serafini
Numa entrevista concedida à Calle2, Lucas Carvajal, integrante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) fala sobre o acordo firmado com o governo colombiano e o projeto de o grupo criar um novo partido político
Depois de quase um ano fechada, a fronteira entre Colômbia e Venezuela foi reaberta neste sábado (13) e cerca de 80 mil pessoas puderam se locomover de um país ao outro em segurança. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, havia decretado o fechamento região fronteiriça em agosto de 2015 quando soldados da Força Armada Nacional Bolivariana foram atacados por paramilitares. ís ao outro em segurança.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, fizeram um acordo nesta quinta-feira (11) sobre a abertura gradual e coordenada da fronteira entre os dois países a fim de beneficiar ambos os povos.
Acertos e erros do presidente Juan Manuel Santos na primeira metade de seu governo, no segundo mandato, são postos hoje na balança na Colômbia por partidários e opositores. Para analistas locais, depois de seis anos no poder, e com a paz como sua principal aposta política, Santos não conta no entanto com altos índices favoráveis nas pesquisas de opinião pública; outros opinam que não obstante tem resultados positivos para mostrar.
O chefe da Missão de Verificação da ONU, Jean Arnoult, responsável por acompanhar o acordo de paz entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo, anunciou que a delegação vai contar com 500 observadores internacionais. Desde que o acordo bilateral e definitivo de cessar-fogo foi firmado, o país caminha a passos largos rumo o fim do conflito que já dura mais de cinco décadas.
O ministro do Interior da Colômbia, Juan Fernando Cristo, manifestou que o plebiscito para referendar o acordo de paz entre o governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) pode ser realizado antes do fim do mês de setembro. Ressaltou também que a campanha de divulgação vai começar o mais rápido possível para que os cidadãos conheçam o método que permitirá acabar com meio século de conflito armado.
Com o avanço dos Diálogos de Paz, realizados em Havana, em busca do fim do conflito entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) levou o debate a uma nova etapa. A Corte Constitucional aprovou a realização de um plebiscito para a população decidir sobre o acordo final de paz. O presidente Juan Manuel Santos afirmou que isso seria “um fato histórico”.
Com os avanços significativos rumo ao fim do conflito, a Colômbia celebra a paz. Uma grande jornada acontece nesta sexta-feira (15) em todas as regiões do país. Os atos são convocados pela Marcha Patriótica, Polo Democrático, Aliança Verde e outros líderes políticos e movimentos sociais.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quarta-feira (6) que "começou o desmanche do aparato da guerra" com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) após a guerrilha anunciar, um dia antes, que deixará de arrecadar dinheiro da população para seu financiamento.
“Soy guerrillero. Empuño el fuzil e a combatir/ hasta vencer o hasta morir, por justicia y paz que es lo que quiero” (Julián Conrado, o cantor das Farc)
Em meio a uma América Latina conturbada, cercada pela direita internacional, com forte ameaça à sua soberania, a Colômbia consegue avançar e dar um passo largo rumo a um continente independente e fortalecido.
Por Mariana Serafini