A presidenta Dilma Rousseff emitiu no último domingo (9) mensagem de repúdio aos episódios de racismo ocorridos esta semana no futebol brasileiro. “É inadmissível que o Brasil, a maior nação negra fora da África, conviva com cenas de racismo”, afirmou, por meio de uma série de mensagens no Twitter, prestando solidariedade às vítimas de preconceito. “O futebol brasileiro foi manchado pelas cenas de racismo contra o árbitro Márcio Chagas da Silva e o jogador Arouca.”
Direto de Olinda, em Pernambuco, o escritor e jornalista Urariano Mota reflete sobre o racismo, os novos escravos os Brasil. Durante sua reflexão, Urariano traça um paralelo entre o "12 anos de escravidão" e pensamento de Gilberto Freyre.
Da Rádio Vermelho em São Paulo
Quem for alvo de qualquer tipo de discriminação racial terá um aliado durante o Carnaval: o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela funcionará nos seis dias da festa, excepcionalmente, no Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN).
“O povo negro vai se unir e o secretário vai cair”. Foi esse o principal grito que representantes de cerca de 13 entidades, na maioria do movimento negro local, levou para as ruas do Centro de Salvador, onde estão instaladas a Prefeitura e a Secretaria da Fazenda, nesta quarta-feira (26/2). O ato é uma manifestação de repúdio a uma declaração feita pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, em que ele insinua desejar levar os inadimplentes do IPTU ao pelourinho.
A Nação Hip-Hop, a União da Juventude Socialista (UJS) e a produtora Posse MH2R promovem a campanha #EUSOUMAISUM. O objetivo da campanha é reforçar a luta o extermínio da juventude negra e pobre, contra a redução da maioridade penal, pelo fim dos autos deresistência e pela desmilitarização da polícia.
Em vídeo, Julião Vieira, membro da direção nacional da Unegro, fala da participação dos negros e a importância da inclusão social para o desenvolvimento do Brasil.
"A cidade (São Paulo) precisa servir a todos sem distinção de classe", declarou, em entrevista exclusiva ao Vermelho, Netinho de Paula, secretário de Promoção da Igualdade Racial de São Paulo, ao falar sobre o fenômeno chamado "rolezinhos".
Joanne Mota, da Rádio Vermelho de São Paulo
Em 5 de janeiro de 1989, há 25 anos, foi criada a Lei 7.716, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometido atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Com a sanção, a lei regulamentou o trecho da Constituição Federal que torna inafiançável e imprescritível o crime de racismo, após dizer que todos são iguais sem discriminação de qualquer natureza.
Foi criada há exatos 25 anos a Lei 7.716, que define os crimes resultantes de preconceito racial. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometidos atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Com a sanção, a lei regulamentou o trecho da Constituição Federal que torna inafiançável e imprescritível o crime de racismo, após dizer que todos são iguais sem discriminação de qualquer natureza.
Com quase oito anos em tramitação no Congresso, a proposta que pretende pôr fim ao preconceito nas relações de trabalho, aprimorando a legislação sobre crimes de preconceito (Lei 7.716, de 1989) avançou em 2013 e deve passar por votação no plenário da Câmara quando o ano legislativo recomeçar, em fevereiro. Se a proposta for aprovada, volta para a análise de senadores que terão que se debruçar sobre as mudanças feitas pelos deputados.
Quando publicou Casa-Grande & Senzala em 1933, Gilberto Freyre não tinha a seu dispor um grande volume de dados sociológicos sobre a população brasileira. O IBGE foi criado um ano depois e o Ipea apenas na década de 1960.
Por Miguel Martins*, na Carta Capital
Apesar de ter sido enviado à Câmara dos Deputados em regime de urgência, o Projeto de Lei (PL) que reserva para negros 20% das vagas nos concursos públicos só deverá ser votado em 2014. A Câmara só retoma os trabalhos em fevereiro. Porém, para ser votada no Plenário, a proposta precisa passar por mais uma comissão, a de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que recebeu o projeto no início de novembro, junto com outras duas comissões que já deram sua aprovação à reserva de vagas.