A criação da Comissão Nacional da Verdade representa mais uma etapa do longo processo de acerto de contas desenvolvido pelo Estado brasileiro junto às vítimas da ditadura militar, às suas famílias e à sociedade. A seguir, veja em vídeo resultados do relatório final da Comissão da Verdade, que apresenta quem e quais instituições colaboram com a ditadura militar.
Pelo menos treze jornalistas foram vítimas da ditadura militar no Ceará em função do exercício profissional. Destes, oito foram indenizados pelo Estado por terem sido perseguidos sob a acusação de participação em atividades políticas entre 1961 e 1979. A conclusão é do relatório final da Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas do Estado, que será lançado na manhã de 20 de dezembro, durante o Encontro Estadual dos Anistiados Políticos, no auditório da Casa José de Alencar.
A apresentação do relatório final da Comissão da Verdade, em solenidade oficial, marca o momento histórico em que as instituições brasileiras são colocadas diante da escolha entre consolidar a democracia ou manter ao relento os fantasmas da ditadura.O destino do documento não é tão importante quanto as responsabilidades que ele coloca diante da sociedade, num contexto em que uma parcela da população, ainda que mínima, se sente encorajada a pedir a volta do regime de exceção.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, pediu à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal que dialoguem com as Forças Armadas a fim de que elas assumam sua responsabilidade institucional pelas graves violações dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985).
Parlamentares, representantes de órgãos do governo e da sociedade civil participam, nesta quinta-feira (11), de três eventos no Congresso Nacional para debater o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e os próximos passos da mobilização pelo resgate da verdade, da memória e da justiça sobre as violações de direitos humanos cometidas por agentes do Estado durante a ditadura de 1964.
A presidenta Dilma Rousseff se emocionou ao discursar durante a cerimônia de entrega do relatório dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), nesta quarta-feira (10), que aponta a responsabilidade de mais de 300 militares por crimes cometidos no período da ditadura. Dilma defendeu que o Brasil tem direito a saber a verdade sobre esse período, e que “a verdade não significa a busca de revanche. A verdade não precisa ser motivo para ódio ou acerto de contas”.
Integrante da Comissão Nacional da Verdade (CNV), o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias disse nesta segunda-feira (8), em São Paulo, que o relatório final da comissão, que será divulgado quarta-feira (10), terá nomes de mais de 300 militares, agentes de Estado e até mesmo ex-presidentes da República. Acrescentou que o documento recomendará que eles sejam punidos pelos crimes de tortura, execuções e ocultação de cadáveres.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) entregará, na próxima quarta-feira (10) à presidenta Dilma Rousseff o relatório final das investigações. O documento, com cerca de 2 mil páginas, recomendará punição civil, administrativa e criminal para suspeitos de serem responsáveis pela violação de direitos humanos na ditadura.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) entregará, na próxima quarta-feira (10) à presidenta Dilma Rousseff o relatório final das investigações. O documento, com cerca de 2 mil páginas, recomendará punição civil, administrativa e criminal para suspeitos de serem responsáveis pela violação de direitos humanos na ditadura.
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) e sua Subcomissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, da Câmara realizam, na próxima quinta-feira (11), o Fórum Legislativo Nacional de Direitos Humanos: pelo direito à memória, à verdade e à justiça. Na mesma data acontece audiência pública sobre o relatório da Comissão Nacional da Verdade e ato político de encerramento do Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade. Todos os eventos acontecerão no Congresso Nacional.
No boletim da Rádio Vermelho desta sexta-feira (5) saiba mais sobre o indiciamento feito pela Policia Federal que aponta o desvio de pelo menos R$834 milhões no caso do trensalão tucano em São Paulo. O programa também destaca: Grupo da Comissão da Verdade exige punição de agentes da ditadura, Senado discute legalização do aborto a pedido da sociedade e no Parlatino, mulheres pedem fim das diferenças de gênero.
Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho
Desde domingo (23), o projeto brasileiro Marcas da Memória exibe em Havana (Cuba) nove documentários que mostram as impressões da ditadura militar no Brasil. Segundo o coordenador da mostra, o brasileiro Diego Sousa, é necessário contar as histórias registradas nestes documentários. "O cinema pode contribuir ao recordar o que foi a ditadura e por que não deve voltar", apontou.