A decisão do Banco Central, por um sétimo aumento expressivo da Selic, aumenta o custo do financiamento, desestimula a economia e inibe o crescimento econômico, diz a confederação.
Mais uma vez, o Boletim Focus projeta alta da inflação e queda da economia. “Prévia do PIB” do BC já aponta para recessão técnica, enquanto “posto Ipiranga” fala em crescimento
“Com esta decisão equivocada, o Banco Central prejudica ainda mais a já fragilizada economia do nosso país e só beneficia banqueiros e especuladores”, criticou, em nota, o presidente da Força Sindical.
Atividade econômica já demonstra sinais de enfraquecimento como resultado, em parte, das últimas decisões do Copom de aumentar a taxa básica de juros da economia, avalia a entidade.
Após crise na equipe econômica por discordâncias com quebra no teto de gastos, Guedes pressionou o Banco Central “autônomo” a aumentar juros para agradar o mercado.
Segundo cálculos do doutor em economia Paulo Kliass, uma elevação na Selic como a da última reunião do Copom, de 5,25% a.a. para 6,25% a.a., um ponto percentual, significa uma despesa de R$ 54 bilhões a mais em um ano para o governo.
Rafael Paschoarelli explica a crise no cenário macroeconômico do Brasil, que atinge principalmente as camadas mais pobres ao reduzir seu poder de compra
Ao encarecer investimentos e comprometer ainda mais a renda dos pobres, o aumento de juros pode reduzir as chances de retomada do crescimento.
Enquanto bancos celebram lucros astronômicos, em meio à pandemia, setor produtivo, comercial e consumidor mergulham em recessão, sem que isso afete a inflação.
Taxa básica de juros passou de 3,5% para 4,25% ao ano, o que deve desestimular produção, consumo, emprego e renda, para controlar a inflação.
Em sua última reunião, realizada em 4 e 5 de maio, o comitê aumentou a taxa básica em 0,75 ponto percentual, levando-a ao patamar de 3,5% ao ano.
Para CNI e Fiesp, alta da Selic atrasa recuperação econômica