"A função das cotas raciais é deixar de existir assim que a discriminação reduzir ou acabar. O papel da sociedade é trabalhar para que isso aconteça o mais rápido possível", afirma Natália Machado, antropóloga, aluna cotista.
Por Ana Pompeu*, no Correio Braziliense
Após dois meses de trabalho, o movimento negro e movimentos sociais, organizados na Frente de Lutas Pró Cotas de São Paulo, divulgam o projeto de lei elaborado pelo grupo de trabalho organizado a partir de uma audiência pública sobre o tema, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Agora, organizações como o Núcleo de Consciência Negra na USP busca adesões.
O grupo de trabalho (GT) sobre cotas raciais formado por representantes dos movimentos sociais, negro, estudantil e sindical deverá concluir, até a próxima semana, um conjunto de emendas para o Projeto de Lei 530. O PL, que tramita na Assembleia Legislativa desde 2004, estabelece a reserva de 50% das vagas nas universidades estaduais para estudantes de escolas públicas.
A pedido do vereador Orlando Silva (PCdoB), a Câmara Municipal de São Paulo debateu na tarde desta segunda-feira (29), em audiência pública da Comissão de Educação,Cultura e Esportes, o sistema de cotas na cidade de São Paulo. Quais os desafios, os problemas e as perspectivas de uma política de inclusão na universidade?
Aluna estudou na rede pública em outra unidade da federação; decisão questiona constitucionalidade de lei distrital
Aconteceu no sábado (13) a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Cotas Raciais criado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Entre as 40 entidades do movimento social que atuam na área de educação e movimento negro, 12 foram nomeadas durante o encontro, ocorrido na Alesp, para preparar um novo texto que unificará os projetos de lei (PL) da Casa, sobre o tema, com as propostas feitas pelos movimentos.
Para o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a reportagem da revista Isto é um “verdadeiro tapa no preconceito” ao mostrar casos concretos de estudantes negros que adentraram na universidade e hoje estão no mercado de trabalho, exercendo profissões e cargos antes restritos. Em referência à matéria “As cotas deram certo”, o deputado afirmou que os “os críticos e defensores do fim da política de cotas estavam errados”.
Nesta quarta-feira (3), a Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo aprovou a realização de uma audiência pública sobre a política de cotas na cidade de São Paulo. A iniciativa da audiência, que acontecerá dia 29 de abril, foi do vereador Orlando Silva (PCdoB).
Nesta quarta-feira (3), a Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo aprovou a realização de uma audiência pública sobre a política de cotas na cidade de São Paulo. A iniciativa da audiência, que acontecerá dia 29 de abril, foi do vereador Orlando Silva (PCdoB).
Durante audiência pública sobre o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), estudantes manifestaram suas opiniões e posições políticas. A presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de S. Paulo (Alesp), onde ocorreu o evento, manifestou seu contentamento com a grande presença de jovens. Ouça agora o programa Resistência da Rádio Vermelho.
Apoiada por 62% dos brasileiros, a política de cotas ampliou sete vezes a presença dos alunos pobres nas universidades e, portanto, a sua oportunidade de fazer parte de um país mais escolarizado.
Com boa presença dos movimentos sociais, especialmente entidades do movimento negro e estudantil, o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp) foi submetido a uma saraivada de críticas nesta quarta, 13, durante audiência da comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa.