Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação de Dilma e um dos principais filósofos do país, em vídeo, ressalta várias questões da atualidade, como a desigualdade social e a crise política. Para ele, a saída é refazer tudo. “O Brasil foi um país que sempre varreu para baixo do tapete as suas mazelas. Nós convivemos por mais de 400 anos com uma desigualdade social gritante, e que é tão forte que a gente tem que dizer: foi planejado para ser assim. Não é uma coisa que aconteceu por acaso.”
Você já reparou que quem menos tem dinheiro é quem mais paga impostos? No Brasil, o problema não está na quantidade de impostos, mas na forma como são distribuídos os tributos e sobre quem eles recaem. Para explicar melhor o que é justiça fiscal, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) elaborou o vídeo que o Vermelho publica abaixo.
A experiência internacional demonstra que as políticas sociais operam não somente frente a casos e situações sociais específicas, mas, ao contrário, são parte orgânica de uma trajetória de desenvolvimento que traz benefícios para toda a sociedade.
Por Luciana Jaccoud*, no Brasil Debate
As alíquotas máximas de IR no Brasil foram reduzidas até chegarem aos atuais 27,5%; uma das principais distorções do sistema tributário brasileiro é a isenção de imposto de renda dos lucros e dividendos, sendo que essa é a principal fonte de renda do 1% mais rico.
Por Róber Iturriet Avila*
Crescimento, nos EUA, do candidato que quer redistribuir riqueza terá repercussão global: ele mostra que é possível reagir à aristocracia financeira.
Por Thomas Piketty*
O condômino é, antes de tudo, um especialista no tempo. Quando se encontra com seus pares, desanda a falar do calor, da seca, da chuva, do ano que passou voando e da semana que parece não ter fim. À primeira vista, é um sujeito civilizado e cordato em sua batalha contra os segundos insuportáveis de uma viagem sem assunto no elevador. Mas tente levantar qualquer questão que não seja a temperatura e você entende o que moveu todas as guerras de todas as sociedades em todos os períodos históricos.
Considerado um dos maiores especialistas brasileiros em políticas públicas, o economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor no Insper, Ricardo Paes de Barros, criticou, nesta terça (2), o discurso da meritocracia.
No capitalismo globalizado e desregulado dos dias atuais, a desigualdade de renda e riqueza está crescendo por várias causas. A principal delas refere-se a uma remuneração do capital superior às taxas de crescimento do conjunto da economia.
Por Ronaldo Herrlein Jr*
Com seu progressivo esvaziamento, o Fórum Econômico de Davos, que já era pobre em matéria de criação de vetores de ação, ficou mais pobre ainda, o que compromete sua eficácia frente aos muitos desafios das nações.
Por Flavio Aguiar*
O estudo da Oxfam – organização não-governamental britânica – divulgado no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, e no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, mostra que, em 2015, o patrimônio de 1% da população mais rica do mundo superou o que possuem os 99% restantes. Para Paulo Kliass, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil carrega marcas de uma desigualdade histórica e um dos caminhos para reverter este quadro são alterações no sistema tributário vigente.
Até que ponto é preciso que os ricos sejam tão ricos? Não é uma pergunta fútil. É possível dizer que, no fundo, é em torno disso que gira a política nos Estados Unidos. Os progressistas querem aumentar os impostos sobre a renda mais alta e usar o que for arrecadado para reforçar a rede de seguridade social; os conservadores querem fazer o contrário e afirmam que as políticas que atingem os ricos são prejudiciais a todos, ao reduzir os incentivos para a criação de riqueza.
Por Paul Krugman*
A riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99% restantes em 2015, um ano mais cedo do que se previa, informou nesta segunda-feira (18) a ONG Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.