Na medida que agosto avança, a temperatura política em Brasília torna-se quase insuportável. São tantos os motivos possíveis de instabilizar ainda mais o já fraco e combalido governo Temer, que muita gente só dorme à base de pesadas doses de calmante.
Por Paulo Pimenta*
Desde que foi afastado do mandato por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), em cinco de maio, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já custou cerca de R$ 1,8 milhão aos cofres públicos. Do total, R$ 1,4 milhão foram gastos no período em que Cunha permaneceu na residência oficial da presidência da Câmara.
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido feito pela defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que fosse anulada a decisão que marcou as audiências para ouvir as testemunhas de acusação na ação penal em que o parlamentar é acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Por * Plínio Bortolotti
As tratativas para salvar da cassação o deputado afastado do mandato Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seguem firmes entre o Palácio do Planalto e a Câmara. Verdadeira moeda de troca para pagar o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, os aliados de Temer fazem esforço para livrar Cunha da perda de mandato.
A Globonews resolveu passar o recado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara, aos paralamentares ameaçando fazer delação premiada caso a votação da cassação de seu mandato, marcada para 12 de setembro, não ocorra depois das eleições municipais, ou seja, em novembro.
A socióloga com especialização no campo da Ciência Política e do Direito e professora da Universidade de São Paulo (USP), Maria Victoria Benevides, afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual, que considera a proteção dispensada a Cunha como "um escárnio em relação à ideia da política como busca do bem comum". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para uma segunda-feira, 12 de setembro, a votação em plenário da cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que demonstra clara ação para beneficiar o parlamentar réu na Lava Jato.
Os grupos que puxavam manifestações contra a “corrupção”, como MBL e Vem pra Rua, sumiram das ruas. A imprensa atua para dar um verniz de legalidade ao golpe e aso governo do interino. Enquanto isso, Michel Temer (PMDB) abriu o balcão para acomodar os que votarem no impeachment nos ministérios e, de lambuja, salvar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação, réu na Lava Jato por envolvimento no esquema de propinas.
Por Dayane Santos
Ré em ação penal na Operação Lava Jato, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro (mais de US$ 1 milhão) a mulher de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – também réu no processo -, Cláudia Cruz não está sendo encontrada para intimação pessoal. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, a intimação não foi possível porque não sabem o CEP da residência. Há dois meses o juiz federal Sergio Moro diz que está esperando um endereço correto para pedir que Cláudia Cruz se apresente.
O ex-presidente da Câmara e deputado afastado do cargo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prova que ainda tem poder sobre a Casa e o governo do presidente ilegítimo Michel Temer. Apesar de toda a pressão exercida pelos parlamentares da oposição para que Cunha seja julgado logo, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou somente para o dia 12 de setembro a votação em Plenário do pedido de cassação de Cunha.
O parecer do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que recomenda a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar foi lida no início da sessão plenária da Casa, nesta segunda-feira (8). Agora, são contadas duas sessões do Plenário para o processo entrar na Ordem do Dia (Votações). A data de votação será definida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em tempos de Olimpíadas, os deputados do Psol aproveitaram o mote para cobrarem a votação do pedido de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na quarta-feira (3), com apresentação do “Pódio da Cumplicidade”, na modalidade “prote(la)ção”. Os “medalhistas” da categoria são o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente ilegítimo Michel Temer e “líderes omissos”.