Em meio à crise que se instaurou no Egito desde a deposição do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho, e ao clima de violência que se acentuou nos últimos dias, com a morte cerca de 600 pessoas, os países do Oriente Médio têm opiniões diversas sobre o conflito. Enquanto Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos apóiam o Exército, Turquia, Irã e Catar defendem a Irmandade Muçulmana, à qual Mursi pertence.
Líderes islamistas deram por encerrada a jornada de protesto convocada para hoje por uma coalizão de oposição liderada pela Irmandade Muçulmana, após a última oração do dia.
Com centenas de mortos da quarta-feira (14) ainda por sepultar, o Egito prepara-se para um novo dia de protestos nesta sexta (16), depois de a Irmandade Muçulmana ter apelado aos seus manifestantes que saiam à rua para uma “Sexta-feira de Raiva”. Desafiando as críticas internacionais ao massacre desencadeado pela operação policial contra os acampamentos islamistas, o Governo interino avisou que a polícia tem autorização para usar balas reais.
O governo do Egito confirmou nesta quinta-feira (15) a morte de 525 pessoas pela atuação das forças de repressão nas operações da quarta-feira contra os seguidores do deposto presidente Mohamed Mursi.
O presidente do Equador, Rafael Correa, convocou nesta quinta-feira (15) o embaixador equatoriano no Egito, Edwin Johnson López, para prestar esclarecimentos sobre a onda de violência que atingiu o país, matando mais de 500 pessoas em dois dias. Em nota oficial, Quito rechaçou a violência e apelou para o "comprometimento com os valores democráticos".
O governo brasileiro condenou nesta quarta-feira (14) a onda de violência no Egito na repressão aos apoiadores do presidente deposto Mouhamed Morsi. Centenas de pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas nos confrontos no Cairo, capital do país, e em outras cidades egípcias, depois da ação policial contra os acampamentos dos defensores de Morsi. Por causa da onda de violência, o governo decretou estado de emergência.
O Ministério da Saúde do Egito divulgou nesta quinta-feira (15) um balanço oficial, para informar que 343 pessoas morreram nesta semana, nos confrontos entre manifestantes e forças policiais. Desde junho, os protestos voltaram a ser frequentes no Egito. Ativistas favoráveis e contrários ao presidente deposto pelo Exército, Mohamed Mursi, se enfrentam nas ruas do Cairo e das principais cidades egípcias. As agências de notícias, entretanto, mencionam números superiores a 500 mortos.
A presidência interina egípcia proclamou nesta quarta-feira (14) às 16h10, hora local, o Estado de Emergência por um mês, em meio ao recrudescimento dos enfrentamento com leais ao derrocado presidente Mohamed Mursi.
O vice-presidente egípcio Mohamed ElBaradei apresentou nesta quarta-feira (14) a sua demissão, após os confrontos violentos registados nas últimas horas no Egito.
O secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, criticou nesta quarta-feira (14) o uso da força pelas autoridades egípcias contra as manifestações populares, com saldo de centenas de mortos, de acordo com informes preliminares.
Segundo informações das agências de notícias, ao menos 95 pessoas teriam sido mortas na manhã desta quarta-feira (14), após as forças de segurança do Egito terem agido para remover dois acampamentos de apoiadores do presidente deposto Mohammed Mursi nas ruas do Cairo.
Delegações do Egito, Sudão e Etiópia debaterão no final deste mês o conflito gerado pelo uso da água do rio Nilo, afirmaram fontes oficiais nesta segunda-feira (12) na cidade do Cairo.