O escândalo de espionagem revelado pelo ex-agente da CIA, Edward Snowden, é destacado em todo o noticiário dos Estados Unidos. Além disso, também ganha espaço os debates sobre a lei de agricultura e reforma migratória no Congresso, assim como o impacto da crise fiscal no Pentágono.
A 45ª Cúpula do Mercosul terminou na sexta-feira (12) com a adesão de um novo membro, a Bolívia, e três duras declarações: todas elas políticas e relacionadas ao escândalo de espionagem, desencadeado pelas revelações Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa que prestava serviço para a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA).
Espionagem global é ponta de gigantesco iceberg. Controle dos fluxos de comunicação é nova arma dos Impérios. Alternativa pode estar no Sul.
Por Julian Assange
Nota-se uma diferença de linguagem na reação do governo brasileiro à ampla invasão do sistema de comunicações de nosso país pelos serviços secretos norte-americanos. A presidente Dilma Rousseff, ainda que ponderada, foi muito mais incisiva do que o chanceler Antonio Patriota.
Por Mauro Santayana*, em seu blog
Em reunião da Cúpula do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que o Mercosul deve adotar “medidas cabíveis” para evitar a repetição de casos de espionagem. A presidenta fez ainda a defesa do presidente da Bolívia, Evo Morales que teve o sobrevoo recusado por países europeus por causa da suspeita de que o norte-americano Edward Snowden, que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos estive a bordo.
Ex-técnico da CIA confirma em pronunciamento que vai pedir asilo à Rússia até que países que 'agem na ilegalidade' permitam viagem à Venezuela e acusa Estados Unidos de tentar tornar legal algo imoral
O ex-consultor norte-americano Edward Snowden, que denunciou o esquema de espionagem pelos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e estrangeiros, reúne-se hoje (12) em Moscou (Rússia) com advogados e ativistas de direitos humanos.
O caso se complica cada vez mais. Refiro-me ao “caso Snowden”, nesta altura provavelmente ainda retido na ala de trânsito do aeroporto internacional de Moscou.
Por Flávio Aguiar*, na Rede Brasil Atual
O Brasil vai acionar as Nações Unidas e ampliar o debate em organismos internacionais a respeito das denúncias de espionagem no Brasil, informou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
A presidenta Dilma Rousseff participa nesta sexta (12) da Cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. Juntamente com vários líderes regionais, ela deverá formalizar a declaração de repúdio ao esquema de espionagem dos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e estrangeiros, conforme denúncias do ex-consultor Edward Snowden. Ao chegar nesta quinta (11) à capital uruguaia, Dilma defendeu a iniciativa dos presidentes da região.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse estar “convencido” de que houve também recolhimento de conteúdo por agências ligadas ao governo dos Estados Unidos, caso se confirmem as suspeitas de coleta e monitoramento de metadados de cidadãos brasileiros pelo governo norte-americano. Metadados (dados que descrevem dados) são informações úteis para identificar, localizar, compreender e gerenciar os dados.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, criticou nesta quinta (11) a centralização do sistema de gestão da internet mundial nos Estados Unidos, ao falar no Senado Federal sobre as denúncias de espionagem do governo estadunidense nas comunicações digitais. Segundo ele, os EUA resistem às propostas de mudança feitas por outros países, inclusive o Brasil.