O chanceler iraniano Mohammed Javad Zarif e a alta representante da União Europeia para os Assuntos Estrangeiros e Política de Segurança, Catherine Ashton, anunciaram um acordo para a condução das negociações sobre a questão nuclear iraniana, nesta terça-feira (18), em Viena, na Áustria.
A República Islâmica do Irã, afirmou o ministro de Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif, nesta segunda-feira (17), “está disposta a levar com boa vontade as conversações nucleares a um caminho que dê resultados.” Wendy Sherman, uma das principais negociadoras representando os Estados Unidos, confirmou que o Irã está cumprindo o acordo alcançado em novembro do ano passado, sobre as medidas de “construção de confiança”. Uma nova rodada de diálogos inicia-se nesta terça-feira (18).
A equipe diplomática do Irã para as negociações sobre o seu programa nuclear viajou a Viena, na Áustria, na manhã desta segunda-feira (17), para a retomada das conversações com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha), na terça-feira (18). Apesar do empenho do governo persa no processo, o líder religioso aiatolá Said Ali Khamenei demonstrou pouco otimismo devido ao posicionamento histórico do Ocidente.
Na noite deste domingo (9), Said Jalili, ex-secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e atual membro do Conselho de Discernimento (que media conflitos entre o parlamento e o Conselho dos Guardiões e serve de conselheiro do Líder Supremo), disse que o país continua protegendo seus direitos relativos ao programa nuclear de fins civis e mantém o compromisso com a não proliferação das armas nucleares. Jalili falou sobre a política externa do país e sobre a pressão ocidental.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif assegurou, nesta segunda-feira (3), que Teerã poderá chegar a um acordo definitivo sobre o seu programa nuclear dentro dos próximos seis meses. O processo definido em novembro pela diplomacia iraniana, em negociações com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha (países que conformam o Grupo 5+1), tem sido avaliado positivamente pelas organizações internacionais.
O chefe das negociações do Irã com o Grupo 5+1 sobre o programa nuclear persa, Sayed Abbas Araqchi disse nesta terça-feira (28) considerar que, depois do acordo inicial já alcançado em novembro do ano passado, as partes dão passos em direção a “um plano final de ação conjunta.”
A China parabenizou nesta terça-feira (21) a decisão do Irã de suspender o enriquecimento de urânio a 20 por cento nas usinas de Natanz e Fordow, para cumprir o acordo interino atingido em Genebra.
O Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) começaram a implementar o acordo nuclear assinado com o Grupo 5+1 após a chegada no sábado (18) ao país persa de Massimo Aparo, funcionário de alto escalão desse organismo da ONU.
Na tentativa de impedir que o Senado estadunidense aprove novas sanções contra o Irã, a Casa Branca divulgou informações importantes, nesta quinta-feira (16), relativas ao acordo alcançado entre o Grupo 5+1 e a República Islâmica, sobre o seu programa nuclear. A discussão sobre a imposição de um novo pacote de medidas coercivas deste tipo tem sido contínua nos Estados Unidos.
Enquanto a medida para a imposição de mais sanções contra o Irã está ganhando mais apoio no Senado dos Estados Unidos, mais de 60 organizações já entregaram uma carta conjunta para instando os senadores a oporem-se à nova legislação proposta, nesta quarta-feira (15).
O Irã e os Estados Unidos – gravemente antagonizados desde a Revolução Islâmica que depôs o xá Mohammad Reza Pahlavi e sua ditadura criminosa respaldada pelos EUA – estão aos poucos entrando numa fase decisiva das negociações sobre o programa nuclear persa. Após décadas de sanções contra o Irã, entretanto, o presidente Barack Obama disse comprometer-se com o congelamento dessas medidas enquanto durarem os diálogos, mas nem mesmo alguns de seus colegas democratas são favoráveis à promessa.
O vice-chanceler iraniano, Sayyed Abbas Araqchi, afirmou à imprensa na noite deste domingo (12) que o Irã suspenderá, a partir do dia 20 de janeiro, o enriquecimento do urânio com a pureza de 20%, em troca do alívio das sanções impostas por países ocidentais. Além disso, o Irã concorda em não aumentar a reserva do urânio enriquecido e já aceitou a inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre a aplicação do acordo.