O Parlamento da Grécia vota ainda nesta quarta (16) o apoio ao governo do novo primeiro-ministro do país, Lucas Papademos, que está há 12 dias no cargo. O principal desafio de Papademos é conduzir as medidas internas de arrocho, que prejudicam a população, mas garantem um empréstimo de 130 bilhões de euros e o cancelamento de 50% de sua dívida com bancos europeus – principalmente alemães e franceses.
No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.
Em nota publicada nesta sexta-feira (11) em seu site, o Partido Comunista da Grécia (KKE, na sigla em grego), denuncia o caráter anti-popular e submisso do novo governo do país, formado esta semana em subnstituição ao liderado por Giorgios Papandreou, que caiu por pressão dos mercados financeiros.
Em nota reporduzida no Diário Liberdade, da Galícia, o Partido Comunista da Grécia (KKE) se solidariza com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) pela morte em combate de Alfonso Cano, revolucionário chefe do Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP.
O novo primeiro-ministro da Grécia será Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central do país. Depois de três jornadas de negociações, rumores e pactos efêmeros, os dois grandes partidos, o socialista Pasok, até então no governo, e a oposição, o partido direitista Nova Democracia, acordaram em nomear Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-governador do Banco da Grécia.
O primeiro ministro da Grécia, Giorgios Papandreou, apresentou nesta quarta-feira (9) seu pedido de renúncia ao cargo, "agradecendo" aos cidadãos gregos pela "paciência" durante a crise econômica que vive a Grécia, instou o novo governo a manter a "democracia" e a "humanidade" acima dos mercados.
A queda de George Papandreou é uma vitória do mercado financeiro, que conseguiu enterrar a ideia –mal encaminhada– do plebiscito na Grécia. O pacote de resgate imposto pela Europa ao país é "uma forma de neocolonalismo". A análise é do economista chileno Gabriel Palma, 64, professor da Universidade de Cambridge (Reino Unido).
George Papandreou, o social-democrata de araque, já não é mais primeiro-ministro da Grécia. Num acordo firmado na noite de ontem (6) com o principal partido da direita no país, ficou acertada a formação de um governo de coalizão para impor o “pacote de austeridade fiscal” exigido pelos banqueiros da Europa e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por Altamiro Borges, em seu blog
A União Europeia exigiu e o governo de George Papandreu na Grécia caiu. A semana mais agitada da vida política recente grega terminou este domingo (6), com um princípio de acordo para um governo de “unidade nacional” entre os partidos PASOK, governista, e Nova Democracia, da oposição de direita. As bases para o acordo só serão conhecidas nesta segunda (7), mas já se sabe que o atual primeiro-ministro não fará mais parte da gestão.
O presidente francês Nicolas Sarkozy, o mesmo que deu a ordem para iniciar o ataque à Líbia em nome da “defesa da democracia”, ficou bastante contrariado com a decisão do governo grego de convocar um referendo sobre o acordo de ajuste firmado com a União Europeia.
Os comunistas gregos estão convocando uma manifestação popular para a próxima sexta-feira (4), quando se pronunciarão sobre a grave crise que afeta o país. Em declaração divulgada nesta terça (1º), a direção do Partido Comunista defende a socialização dos monopólios, o desligamento do país da União Europeia e o cancelamento unilateral da dívida. Leia a íntegra.
O acordo firmado na madrugada de 27 de outubro 2011 não é solução para a crise na zona do euro, nem para a crise dos bancos, nem para a crise da dívida, nem para a crise do euro. Aquelas decisões nada resolvem de modo aceitável: apenas prorrogam a crise, sem resolver coisa alguma. Na avaliação dessa Comissão para a Abolição da Dívida do Terceiro Mundo, o acordo é inaceitável.