O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, aceitou nesta segunda-feira (13) recurso apresentado pela defesa da presidenta eleita, Dilma Rousseff, que questionava a falta de isenção do TCU ao analisar a legalidade das decisões orçamentárias do governo – base da denúncia do processo de impeachment em curso no Senado.
O advogado de defesa da presidenta Dilma Rousseff, que está sendo julgada em processo de impeachment no Senado, José Eduardo Cardozo esclareceu em vídeo nesta segunda-feira (13), que a defesa dela está sendo cerceada.
A Comissão Especial do Impeachment dará prosseguimento à oitiva de testemunhas do processo contra a presidenta eleita Dilma Rousseff com audiências nesta segunda-feira (13) e na terça-feira (14). Ao todo, nove testemunhas devem ser questionadas nessas duas reuniões.
O golpe de 2016, no Brasil, contra Dilma Rousseff, é apenas um episódio, ainda incruento, da formidável operação para o domínio total do planeta. Devastando povos e países antes prósperos e inclusivos, como o Iraque, a Líbia, a Síria, a Ucrânia e outros menos visíveis, esta arremetida dos Estados Unidos e Europa, visando o petróleo e outros recursos naturais, agora lança seus tenazes sobre a América Latina.
Por FC Leite Filho*
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou, nesta quinta-feira (9), em pronunciamento, a forma apressada que estão sendo conduzidos os trabalhos na Comissão Especial do Impeachment. A senadora afirmou que, apesar do colegiado tentar passar uma imagem de equilíbrio e democracia, os parlamentares estão enfrentando um “trator que passa por cima de tudo e de todos”.
Depois de contribuir para aprofundar as crises política e econômica – ao colocar a máquina da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em favor do golpe -, o presidente da entidade, Paulo Skaff, agora anuncia que é preciso separar as duas questões. "Que a partir de hoje a crise política fique de um lado e a economia siga de outro", disse, em reunião com o interino Michel Temer, na qual cobrou a fatura do apoio ao impeachment: "É necessário que os impostos não sejam aumentados".
Na reunião desta quarta-feira (8) da Comissão de Impeachment do Senado, que dá início às oitivas de testemunhas, peritos e juntada de documentos, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, rejeitou o pedido do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) de reduzir o número de testemunhas de defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff. Lewandowski também manteve o veto à inclusão de delações da Lava Jato no processo contra Dilma.
"Hoje você é quem manda / Falou, tá falado /Não tem discussão (…)
Apesar de você / Amanhã há de ser /Outro dia
Eu pergunto a você / Onde vai se esconder /Da enorme euforia
Como vai proibir /Quando o galo insistir /Em cantar /Água nova brotando / E a gente se amando / Sem parar. (Chico Buarque, Apesar de você)
Por André Roberto Machado*, na Carta Maior
A Comissão Especial do Impeachment não chegou a um acordo sobre o cronograma de trabalho apresentado pelo relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), para a segunda fase do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff, na reunião desta quinta-feira (2). A tentativa de reduzir os prazos para acelerar o processo gerou polêmica. Os defensores de Dilma denunciam o medo dos golpistas de reversão dos votos de senadores contra o impeachment.
“O absurdo dos absurdos aconteceu hoje (ontem). Eles não querem que as provas sejam produzidas para que a verdade não venha à tona. E querem apressar o processo com medo que os senadores mudem de opinião”, avaliou a senadora Vanessa Grazziotin ao final da longa reunião da Comissão Especial do Impeachment do Senado, realizada durante todo o dia desta quinta-feira (2).
O processo de impeachment da presidenta Dilma vai revelando, cada vez mais, contradições e perfídias. Atinge personalidades de destaque, amplia a crise política, coloca mal todos os três Poderes constituídos da República.
Por Haroldo Lima*