A grande história de 2014 será o Irã. Claro: a grande história do início do século 21 jamais deixará de ser EUA-China, mas será em 2014 que saberemos se é alcançável um acordo amplo, que transcenda o programa nuclear iraniano; e, se for, a miríade de ramificações afetarão tudo que está em disputa no Novo Grande Jogo na Eurásia, inclusive EUA-China.
Por Pepe Escobar, no Asia Times Online
Se o Irã se senta à mesa de diálogos, os países estrangeiros não devem crer que têm o caminho livre para apresentar as suas expectativas ilegítimas.
Um mercado foi alvo de um ataque com carro-bomba nesta quarta-feira (25), em Bagdá, no Iraque. Pelo menos 35 pessoas foram mortas e mais de 50 ficaram gravemente feridas. O atentado parte de grupos terroristas que buscam desestabilizar politicamente o país árabe.
O vice-chanceler do Irã, Abbas Araqchi, afirmou nesta segunda-feira (23), que o acordo preliminar sobre o programa de energia nuclear iraniano entre seu país e o G5+1 (EUA, Reino Unido, França, China e Rusia, mais a Alemanha), apesar de firmado em Genebra, Suíça, ainda está pendente de aplicação.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, destacou neste domingo (22) que o país persa tornou-se o carro-chefe da luta contra a violência e o extremismo mundial, apesar do desgosto das potências hegemônicas.
O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, insistiu em que a solução do conflito na Síria é o diálogo entre os cidadãos desse país árabe, durante uma conversa telefônica com o mediador internacional Lakhdar Brahimi, neste sábado (21).
Um balanço dos principais temas no Oriente Médio inclui, inevitavelmente, o papel dos Estados Unidos. Na retomada das negociações entre Israel e os palestinos – tratada separadamente pelo Vermelho –, no acordo nuclear com o Irã, no conflito na Síria e no uso de drones para ataques na Ásia Central, os EUA estão ativamente envolvidos nas questões de maior relevância na região, mas a análise sobre a sua decadência geopolítica também é abundante.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O Irã e o Grupo 5+1 de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha continuam as conversações, nesta sexta-feira (20), a nível de especialistas, sobre o programa nuclear persa. As negociações foram retomadas na quinta, em Genebra, Suíça, depois de uma suspensão momentânea causada pela aprovação de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA contra 19 empresas e indivíduos ligados ao programa do Irã.
O diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akhbar Salehi assegura que “as instalações nucleares persas, inclusive o reator [de água deuterada, ou “pesada”] de Arak seguem com força o seu trabalho”. Nesta quinta-feira (19), o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif reafirmou o compromisso do país com as negociações sobre o seu programa nuclear com os membros do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha, ao mesmo tempo em que o Senado dos EUA propõe mais sanções contra o Irã.
O ministro de Relações Exteriores de Rusia, Serguei Lavrov, insistiu na necessidade da implementação plena do recente acordo entre o Irã e o Grupo 5+1 sobre o programa de energia nuclear do país persa.
O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Sayed Abbas Arachi informou, nesta terça-feira (17) que as conversações de especialistas sobre a implementação do Plano de Ação de Genebra deve ser reiniciado em breve. Araqchi deu declarações após uma reunião com a chefa da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em Bruxelas.
Uma nova rodada de sanções dos Estados Unidos contra entidades do Irã e estrangeiras, aprovada pelo Departamento do Tesouro na quinta-feira (12), é responsável pela paralisação das negociações sobre o programa nuclear persa, de acordo com fontes diplomáticas, em declarações nesta sexta (13). Apesar do progresso e do comprometimento do Irã com as negociações, o departamento estadunidense sancionou 19 empresas e indivíduos persas, violando o acordo recentemente estabelecido.