Alta representante das Relações Exteriores e da Política de Segurança da União Europeia, Catherine Ashton garantiu ao chanceler do Irã, Mohama Javad Zarif, seriedade no cumprimento das provisões do acordo que os diplomatas persas alcançaram com o Grupo 5+1 nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. A informação é de meios oficiais persas, publicada nesta quinta-feira (5).
A Casa Branca anunciou, nesta terça-feira (3), que o acordo final sobre o programa nuclear do Irã pode incluir a capacidade de enriquecimento de urânio, no quadro dos direitos persas como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Enquanto isso, membros do governo discutem a imposições de novas sanções ao Irã, ao contrário das intenções da presidência e de grande parte dos estadunidenses.
O presidente russo, Vladimir Putin, manteve uma reunião com o chefe da Inteligência saudita, Bandar Bin, com a finalidade de abordar a situação na Síria e o último acordo entre o Irã e o Grupo 5+1.
As recentes conversações oficiais entre autoridades iranianas e sírias em Teerã deram um novo impulso às relações bilaterais estratégicas entre os dois países.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman tem uma reunião agendada para domingo (8) com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry. Segundo o jornal israelense Ha’aretz, será a primeira desde que Lieberman voltou ao poder, há algumas semanas, após ser liberado de acusações de corrupção. Já o secretário de Estado norte-americano John Kerry deve chegar para uma vista a Israel e à Palestina nesta quarta-feira (4), para tentar reavivar as negociações diplomáticas estagnadas.
Nesta segunda-feira (2), o representante do Irã na Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), Kazem Qaribabadi disse que “a negativa do regime israelense em assinar os tratados que proíbem a fabricação das armas de destruição em massa provocam a preocupação" dos países do Oriente Médio". Em negociações internacionais, o Irã deve definir nos próximos dias a suspensão do enriquecimento de urânio acima dos 5%, segundo informações desta terça (3) emitidas pela chancelaria persa.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, revelou que seu país planeja construir uma segunda usina nuclear na província de Bushehr. A informação foi divulgada neste domingo (1º/12) pela agência de notícias iraniana Fars.
Embora a maior parte dos atores internacionais esteja ou envolvida ou otimista a respeito da condução das negociações entre a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Grupo 5+1 e a República Islâmica do Irã, grupos políticos conservadores e radicais dos Estados Unidos e o belicoso Israel continuam a emitir declarações agressivas. Entretanto, também se intensificam as opiniões, entre os próprios israelenses, que o acordo anunciado no domingo passado é positivo.
Irã e Turquia concordaram em encaminhar todos os esforços a conseguir um cessar-fogo nos combates na Síria, para antes do início da Conferência Genebra 2, convocada para colocar um fim ao conflito no país árabe.
Em discurso pronunciado em ocasião de seus primeiros 100 dias de mandato, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou nesta quarta-feira (27) em Teerã que "o enriquecimento de urânio, parte de nosso direito nuclear, continua e nunca será interrompido".
O acordo alcançado em Genebra entre o G5+1 com o Irã sobre o programa nuclear do país persa é para muitos o início de um novo período de bipolaridade no mundo, em que os Estados Unidos não poderão impor seus preceitos, como o fez até pouco tempo atrás, desde o desaparecimento da União Soviética.
Por Patricio Montesinos*, em Cubadebate
O acordo nuclear do fim de semana é capaz de levar naturalmente a uma reaproximação entre Irã e EUA, segundo o especialista em questões iranianas Rouzbeh Parsi, da Universidade Lund (Suécia). Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta terça-feira (26) Parsi disse que a mudança de governo em Teerã foi crucial para o avanço nas negociações.