O deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto percentual. Para o deputado, a decisão é um “passo para trás” na luta do Governo Federal e da sociedade por juros mais baixos e melhores condições para geração de emprego, renda e desenvolvimento, mas, caso se restrinja a esse percentual, sem novos aumentos num futuro breve, terá pouco impacto sobre a economia.
"A decisão tomada pelo Copom não terá reflexo nenhum sobre a inflação, os únicos beneficiados serão os setores que sempre ganharam com os juros." Essa é a opinião do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, que, em conversa com o Portal Vermelho, avaliou a alta dos juros e destacou que o momento agora é de mobilização, especialmente dos setores organizados da sociedade civil.
Joanne Mota, do Vermelho em São Paulo
A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 7,5% ao ano beneficiou quem guarda dinheiro na poupança. Por causa da fórmula em vigor desde o ano passado, que atrelou a remuneração da caderneta aos juros básicos, o rendimento da aplicação subiu de 4,9% para 5,25% ao ano.
Por 6 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. Em análise, durante o programa Ponto de Vista, José Reinaldo Carvalho expõe a nuances do fato e aponta o aumento como um freio para o avanço do país.
A frente da sede regional do Banco Central (BC), na Av. Anita Garibaldi, em Salvador, foi ocupada por representantes de três centrais sindicais, na manhã desta quarta-feira (17/4), em protesto contra a possível retomada da alta dos juros no país. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Seção Bahia (CTB-BA), a Força Sindical e Nova Central participaram do protesto conjunto, que ocorre durante todo o dia, em várias cidades brasileiras.
Hoje (17) o café da manhã dos sindicalistas foi em frente ao Banco Central em protesto contra a possível decisão sobre aumento dos juros feito Comitê de Política Monetária (Copom). Manifestantes prepararam peixes e tomates em uma churrasqueira para simbolizar a chantagem monetária feita pelo capital financeiro e a grande mídia.
Milhares de trabalhadores se reuniram, na manhã desta quarta-feira (17), para protestar contra a alta dos juros, como têm defendido alguns economistas e porta-vozes do setor financeiro sob o argumento de conter a inflação. Os atos ocorreram em todo o país. Em São Paulo, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com outras centrais, disse não à recessão na Avenida Paulista, em frente ao Banco Central.
Por Deborah Moreira, da redação do Vermelho
Desde ontem, terça-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom) está reunido para discutir o índice da taxa Selic, que hoje está em 7,25%. A expectativa com os resultados dessa reunião está mobilizando os diversos setores da sociedade, a Rádio Vermelho apresenta a opinião do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e do professor de Economia da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Volney Gouveia sobre a campanha dos juros.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho com informações da TVT
Nesta quarta-feira (17), as maiores e mais representativas centrais sindicais brasileiras promoverão protestos unificados contra a alta dos juros diante de agências do Banco Central, cujo Comitê de Política Monetária (Copom) está reunido para definir a nova taxa básica (Selic). A principal manifestação será realizada pela manhã na cidade de São Paulo.
Na véspera da reunião do Comitê de Política Econômica do Banco Central crescem as pressões pelo aumento nas taxas de juros e os jornais voltam a usar uma expressão que saiu de moda desde que o governo iniciou, há mais de um ano, a atual tendência de queda na taxa Selic: TPC, ou Tensão Pré Copom.
Por José Carlos Ruy
Para os trabalhadores combater a inflação é investir na produção, gerar emprego, melhorar infraestrutura e a renda dos trabalhadores, diferente da receita defendida pela direita e pela mídia nas última semanas. Essa é receita defendida pelos trabalhadores no combate a inflação. Para entender o que está por trás da campanha pela alta dos juros a Rádio Vermelho foi ouvir a opinião dos trabalhadores.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Em pronunciamento nesta terça-feira (16), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que a elevação da taxa básica de juros (Selic) não é o único remédio para combater a inflação. A parlamentar observou que a maior parte dos veículos de comunicação tem dado como certo um aumento de 0,5% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se encerra nesta quarta-feira (17). Atualmente a taxa está em 7,25% ao ano.