Uma proposta de lei para aplicar a jurisdição israelense a todas as colônias (ilegais sob o direito internacional) na Cisjordânia será discutida no domingo (9) pelo Comitê Ministerial Legislativo de Israel. A proposta é da controversa deputada Miri Regev e também impediria o governo de barrar a construção das colônias. Trata-se de uma repetição: em 1980, o Parlamento aprovou a lei que “anexava” Jerusalém Oriental, embora não usasse essa palavra.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
O embaixador da União Europeia em Israel, Lars Faaborg-Andersen alertou para o crescente isolamento do país devido à falta de avanço diplomático, enquanto o secretário de Estado dos EUA, John Kerry é alvo de críticas do governo israelense pelo mesmo alerta. Já o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif disse, na segunda-feira (3), durante entrevista à emissora alemã Phoenix, que o seu país poderia reconhecer Israel caso um acordo com a Autoridade Palestina fosse alcançado.
A campanha popular palestina Melh al-Ard (“Sal da Terra”) trabalha para ressucitar a vila Ein Hijleh, no Vale do Jordão, atualmente em foco devido aos planos de grupos políticos israelenses de anexar o território palestino. Nesta segunda-feira (3), quando a ação entra em seu quarto dia, dois jornalistas catalães que vivem na Palestina enviaram ao Vermelho a entrevista que fizeram com Mahmmoud Zhaware, da direção do Comitê de Coordenação de Luta Popular (CCLP).
Naftali Bennett, ministro da Economia em Israel, recebeu uma advertência do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em que era demandado para pedir desculpas pelas declarações agressivas contra o premiê, devido às negociações com a Autoridade Palestina. Já nesta sexta-feira (31), a tensão entre os dois esfriou quando Bennett, um ativista raivoso pela ocupação, soube que os EUA e Netanyhau negociam a permanência da maior parte dos colonos israelenses em territórios palestinos.
O enviado do Departamento de Estado dos EUA para as negociações entre Israel e a Autoridade Palestina (AP), Martin Indyk, disse nesta quinta-feira (30) que o plano proposto para um acordo permitiria que 70 a 80% dos cerca de 400 mil colonos israelenses permanecessem na Cisjordânia, como cidadãos de Israel. O “Quarteto para o Oriente Médio” (EUA, Nações Unidas, União Europeia e Rússia) deve se reunir para discutir como avançar um acordo final neste sábado (1º/2), na Alemanha.
Nesta quarta-feira (29), jornais palestinos voltaram denunciar declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Na terça (28), ele disse que seu governo “não é obrigado” a aceitar as propostas feitas pelo secretário de Estado dos EUA John Kerry para um acordo. No mesmo dia, o Ministério palestino das Relações Exteriores havia instado a sociedade internacional a exercer pressão para que Israel cumpra o direito internacional e cesse a ocupação.
O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo divulgou, neste domingo (26), os detalhes da proposta do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para as negociações com Israel. Rabbo vem denunciando o favorecimento ao governo israelense como obstáculo primordial ao processo, e o Hamas, partido islâmico que governa a Faixa de Gaza, disse que “não há potência no mundo” que imponha solução que prejudique os direitos dos palestinos a seus locais sagrados.
Reconhecer Israel como “Estado judeu” é uma das exigências do governo racista de Benjamin Netanhyau aos palestinos, mas é questionada inclusive por críticos israelenses. “Israel precisa de fronteiras, e não de terapia” e “Ben-Gurion [primeiro premiê e um dos pais do sionismo político] não reconhecia Israel como Estado-nação de todo o povo judeu” são algumas ponderações em artigos recentes. Já os palestinos denunciam uma demanda racista e calculista.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
O chefe da equipe palestina nas negociações com Israel, Saeb Erekat, voltou a afirmar a responsabilidade israelense na falência da diplomacia, nesta quinta-feira (23). Um dos obstáculos principais, a exigência de reconhecimento de Israel como Estado judeu, foi questionado no dia anterior pelo embaixador da União Europeia no país, Lars Faaborg Andersen. “Não acho que temos uma posição clara sobre isso porque não estamos certos do que significa este conceito”, disse, em uma coletiva de imprensa.
Dois palestinos foram mortos na manhã desta quarta-feira (22) pelo ataque aéreo israelense ao seu veículo, em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. As fontes locais, citadas pela agência de notícias palestina Wafa, identificaram-nos como dois jovens de 21 e 23 anos de idade, mortos instantaneamente no ataque realizado por um avião não tripulado (drone).
A Chancelaria canadense advertiu Israel, antes da visita do primeiro-ministro Stephen Harper: o Canadá considera as colônias israelenses em territórios palestinos ilegais e obstáculos para o processo de paz, de acordo com o jornal Ha’aretz, nesta segunda-feira (20). No mesmo dia, o diário denuncia um financiamento milionário aos chamados “postos avançados” (colônias irregulares até sob a lei israelense), ainda que a atividade venha se mostrando cada vez mais custosa politicamente.
A ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, e Isaac Molho, ambos membros da equipe israelense para as negociações com a Autoridade Palestina, reúnem-se com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, nesta segunda-feira (20), em Washington. O propósito é a discussão da proposta de acordo feita por Kerry e a preparação da reunião entre ele e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ainda nesta semana, nos bastidores do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.