Os estudantes Secundaristas de São Paulo conquistaram nesta terça-feira (10) as sete assinaturas que faltavam para a abertura da CPI da merenda na Assembleia Legistativa de São Paulo (Alesp), resultado da ocupação promovida no plenário da casa, entre terça-feira e Sexta-feira da semana passada.
Em nota, a Associação Cearense de Estudantes Secundaristas (ACES) se solidariza com os estudantes que nesse momento ocupam escolas do Estado, no interior e capital. No documento divulgado pela entidade, o movimento estudantil reforça que a “escola do Século XXI, a cada dia, torna-se mais plural, mas a estrutura curricular, ainda muito conservadora, não acolhe a diversidade dos estudantes”. Leia a íntegra da nota:
Na tarde desta sexta-feira (6) o movimento de estudantes que ocupou a Assembleia Legislativa de São Paulo por três dias (Alesp) divulgou carta aberta à sociedade. Eles citaram o apoio e reconhecimento que tiveram de “mães, pais, professores, trabalhadores, funcionários da Alesp, artistas, intelectuais e autoridades” como a maior vitória do movimento. “O que fez toda a diferença para nós”. Os estudantes sairam do prédio nesta sexta-feira, às 16h. "Apenas começamos".
Ocupados desde a última terça-feira (3) na assembleia legislativa de São Paulo (Alesp), os estudantes secundaristas vêm dando um exemplo de resistência, reivindicando a abertura da CPI da merenda na Casa. Nesta quinta-feira (5) o tribunal de justiça emitiu uma ordem de reintegração de posse do local que terá o prazo de 24 horas vencido às 16h dessa sexta-feira. Como o uso da violência já é praxe pela Polícia paulista, os estudantes pedem o apoio da sociedade durante a reintegração.
Os estudantes que mantinham a ocupação do Centro Paula Souza desde a última quinta-feira deixaram nesta sexta-feira (5) a unidade, O prédio no centro velho de São Paulo abriga a administração da autarquia responsável pelas escolas técnicas estaduais. A operação foi tensa. Os policiais militares da Tropa de Choque chegaram em cinco caminhões por volta de 5h e se postaram com armas em punho diante do edifício.
Cerca de cem alunos do ensino médio ocuparam, na tarde desta quinta (5), a sede da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, reivindicando a abertura de um calendário de negociação. Após pressão, eles conseguiram o compromisso do governo de que vai dialogar com a comissão de estudantes. Uma reunião já foi agendada para o próximo dia 10, inclusive com presença do secretário da pasta, Antonio José Vieira de Paiva Neto.
Os estudantes que seguem ocupados no plenário há quase 48 horas, reivindicando a instalação de uma CPI da merenda na casa e denunciando a todo o país as arbitrariedades do governo Alckmin, estão sofrendo uma série de represálias pela movimentação.
A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) se posicionou em relação a ocupação que os estudantes promovem na Assembleia legislativa de São Paulo (Alesp) há quase 24 horas. Segundo a parlamentar, a luta dos estudantes sempre foi estratégica para a constução de um Brasil mais democrático e justo.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) manifestou, na última terça-feira (03/05), seu apoio aos professores da rede estadual, atualmente em greve por uma definição quanto ao reajuste salarial da categoria, pendente desde a data-base, 1º. de janeiro. Chico Lopes destaca a importância do movimento dos professores, parabeniza os trabalhadores pela luta e reconhece a disposição do Governo do Estado para ouvir os servidores, mas pede uma resposta rápida quanto ao pleito dos trabalhadores.
Na tarde desta terça-feira (3), estudantes secundaristas ocuparam o plenário Juscelino Kubitschek, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O movimento, que reúne cerca de 250 estudantes, pressiona pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de desvios nos recursos da merenda no estado.
O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, tem o prazo de 72 horas, segundo decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), para esclarecer "se foi o responsável por 'adiantar' o cumprimento da ordem judicial com a determinação de ingresso da Polícia Militar no imóvel (prédio do Centro Paula Souza) sem mandado judicial"
Já são 66 colégios ocupados no Rio de Janeiro. Os estudantes reinvidicam o abono da greve dos professores, melhores condições de ensino, aceitação da eleição para a direção das escolas e que as disciplina de filosofia e sociologia não tenha menos de dois tempos por aula.