O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), não anda nada satisfeito com o clima de golpe imposto no país. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Ciro participou de uma palestra nesta sexta-feira (22) em Cambridge, nos Estados Unidos, que reúne políticos e empresários para analisar estratégias para o futuro do país.
Estando Dilma aparentemente livre de qualquer acusação ou suspeita de corrupção, vê-se, porém, acusada pelo voto de dezenas e dezenas de deputados indiciados ou suspeitos de crimes de corrupção. Dificilmente se poderia imaginar maior exemplo de miséria moral da política.
Por Vital Moreira*
Para o filósofo José Antônio Moroni, do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o Plano Temer para o Brasil deveria chamar-se não Ponte para o Futuro, mas Ponte para o Precipício. “Se aquele projeto for implementado, vai levar o país ao precipício, porque retira todas as garantias que foram criadas pela Constituição de 1988 e coloca o Estado completamente a serviço do capital financeiro”, disse.
Por Joana Rozowykwiat
O ex-deputado federal Haroldo Lima gravou vídeo com mensagem aos parlamentares, lembrando a trajetória democrática de líderes de partidos que hoje se colocam ao lado do golpe. "Posso lhes assegurar, não haveria hipótese de os homens que construíram o PMDB e o PSB no passado votarem com a direita e a extrema direita da Câmara, como agora querem que vocês votem. Miguel Arraes deve estar se contorcendo em sua sepultura", disse.
Por *Sousa Júnior
Durante a sessão de discussão do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), fez um discurso conclamando os parlamentares a decidir o processo de impeachment com o compromisso com o país, e não balizado pelos interesses particulares.
Nesta quarta-feira (14), a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidiu orientar o voto a favor da continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Apesar da decisão, o líder da legenda, Leonardo Picciani (RJ), reiterou que não haverá punição para quem votar contra a decisão da bancada.
Ex-senador pelo PMDB e atual prefeito da segunda maior cidade de Goiás, Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela afirma ser contra o atual processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff por considerar que não tem base jurídica ou política que justifique a saída da presidenta.
Durante o Encontro da Educação pela Democracia nesta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB), questionou o motivo do impeachment se não há crime contra a presidenta Dilma Rousseff e criticou o discurso vazado pelo vice-presidente Michel Temer.
Em entrevista ao Brasil 247, o governador de Sergipe Jackson Barreto (PMDB) afirmou que acompanha o desenrolar do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff com “muita preocupação”. Ele voltou a criticar o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), a quem acusou de agir “por vingança”.
Pelo jeito, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) evoluiu rápido nos métodos de comunicação. Depois de se transformar em piada nacional, em dezembro do ano passado, ao vazar a carta “golpe”, disfarçada de desabafo que enviou à presidenta Dilma Rousseff, poucos dias após a abertura do rito de impeachment aceito pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele vazou agora uma mensgem de golpe em áudio.
Um dos articuladores do golpe dentro do PMDB, Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e aliado fiel de Michel Temer, não esconde o seu jogo pelo poder e disse em entrevista ao jornal O Globo, que a disputa a votação do impeachment será uma disputa entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice Temer.