O padre Lancellotti e o sociólogo Paulo Escobar explicaram ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), em artigo, porque tanta gente mora na rua, apesar dos abrigos municipais
Dados mostram agravamento da miséria que leva famílias inteiras a viverem ao relento
Informação é do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, que percebe o aumento de mães com crianças sem teto.
Para educadora em direitos humanos, ações devem ser feitas “com” os moradores de rua e não apenas “para eles”. Moradia, trabalho e saúde são as principais demandas de cerca de 20 mil pessoas
A cidade do Rio de Janeiro terá, a partir desta segunda-feira (17), o primeiro centro integrado de apoio às ações de abordagem social a crianças e adolescentes em situação de rua. A unidade será inaugurada no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Maria Lina de Castro Lima, na rua São Salvador, 56, bairro de Laranjeiras, zona sul.
O prefeito Fernando Haddad e a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, assinaram nesta terça-feira (28) o termo de adesão à Política Nacional para a População em Situação de Rua, que prevê a criação de um Comitê Intersetorial e a construção e implementação da política por toda cidade. O evento, realizado no Senai "Roberto Simonsen", no Brás, foi marcado pela aula inaugural ministrada por Haddad.
O prefeito Fernando Haddad recebeu nesta quinta-feira (24) lideranças do movimento de população de rua em reunião na sede da Prefeitura, região central. Participaram do diálogo os secretários municipais Rogério Sottili (Direitos Humanos e Cidadania), Luciana Temer (Assistência Social), José de Filippi Jr. (Saúde) e Marcos Queiroga Barreto, subprefeito da Sé. Durante o encontro, o prefeito incentivou sua equipe a criar novas políticas públicas para a população de rua.
Quem trabalha diretamente com moradores de rua, direitos humanos ou redução de danos sente urticárias ao ouvir que a Operação Centro Legal, também conhecida como Operação Sufoco, é um sucesso.
Por Tadeu Breda*, na Rede Brasil Atual
“Hoje vivemos no Brasil uma epidemia de violência contra a população de rua. Parece que eles viraram o bode expiatório ou que, ao atingi-los, as pessoas estão fazendo um bem, tirando dos nossos olhos aquilo que nos incomoda”, constata o Pe. Júlio Lancellotti, vigário episcopal do povo de rua. Segundo ele, a violência contra os moradores de rua tem se tornado comum e demonstram a “incompetência da sociedade, do Estado e das comunidades de acolher e dar um encaminhamento a essas pessoas”.
O governo chileno calcula que 12.423 pessoas vivam nas ruas do país atualmente, como revelaram dados divulgados hoje pela "Pesquisa Rua", que foi realizada a pedido do Ministério de Planejamento em 220 dos 342 distritos do Chile.
A partir da próxima quinta-feira, dia 1º de setembro, a Defensoria Pública de São Paulo, em parceria com a Defensoria Pública da União e o Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), irá proporcionar atendimento jurídico para a população em situação de rua, na cidade de São Paulo (SP). O termo de parceria foi assinado na última segunda-feira (29) e tem duração inicial prevista para um ano, podendo ser prorrogado de acordo com o interesse das entidades.