O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, denunciou o golpe contra o pré-sal brasileiro, na manhã desta quarta-feira (5), na abertura do 17º Congresso da Federação Sindical Mundial (FSM) que ocorre até o próximo sábado (8) em Durban na África do Sul.
A Câmara rejeitou, na tarde desta quarta-feira (5), requerimento do PDT que pedia o adiamento por duas sessões a votação do Projeto de Lei que tira da Petrobras a condições de operadora de pelos menos 30% de todos os blocos de exploração do pré-sal. A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ-foto), reafirmou que irá continuar obstruindo o processo de votação do projeto para tentar impedir a aprovação do projeto.
A Câmara dos Deputados retoma nesta terça-feira (4) a análise do projeto de lei que acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora de pelo menos 30% de todos os blocos de exploração do pré-sal. Os deputados começaram a discutir o tema na noite desta segunda-feira (3) com fortes ataques da oposição ao projeto, que representa o fim da soberania nacional e a entrega do patrimônio brasileiro às multinacionais.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) realiza nesta segunda-feira (3), às 17 horas, na Câmara dos Deputados, um ato público em repúdio ao projeto de lei que retira da Petrobras o direito de participação mínima em 30% das jazidas do pré-sal e acaba com a posição privilegiada da estatal como operadora única dos campos de petróleo.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que houve um "endeusamento" da camada do pré-sal que acabou gerando uma expectativa exageradamente otimista em relação à exploração de petróleo em águas profundas. "Houve um certo endeusamento do pré-sal, quando temos em outras áreas da empresa campos excelentes, como na Bacia de Campos", afirmou.
O vice-líder da Minoria na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse estranhar algumas declarações do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Segundo Zarattini, ao mesmo tempo em que Parente reconhece a capacidade de produção das jazidas do pré-sal, também defende o fim da exclusividade da Petrobras na exploração de seus campos petrolíferos.
"Vergonha nacional", foi como resumiu Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais da CTB, ao comentar o encontro do presidente da Shell, Ben van Beurden, com o presidente sem voto, Michel Temer, ocorrida nesta terça-feira (27). Na pauta, o interesse da Shell em ampliar "parceria" com a Petrobras. Para o dirigente, não é coincidência a definição da votação do PL do Pré-Sal para início de outubro e a visita do executivo da Shell.
O presidente da Shell, Ben van Beurden, reuniu-se nesta terça-feira (27) com Michel Temer e afirmou que o Brasil é um dos principais países de interesse para a petroleira investir e ter "parceria" com a Petrobras.
A pressão da FUP e de seus sindicatos em Brasília contra o PL 4567/16 mais uma vez surtiu efeito. Fortalecidas pela presença em massa dos petroleiros nesta terça-feira (13), na Câmara dos Deputados Federais, as lideranças dos partidos que fazem oposição ao governo Temer conseguiram adiar a votação do projeto para depois do primeiro turno das eleições municipais.
A votação do projeto que acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras ser operadora da exploração do pré-sal ficou para depois das eleições municipais de outubro. Após o anúncio da oposição de obstruir todas as votações se o projeto entrasse em pauta, o governo recuo. O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), comemorou o resultado do esforço concentrado desta semana na Câmara.
Após um mutirão de duas semanas pelos corredores e gabinetes da Câmara dos Deputados Federais, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos concluíram a campanha de coleta de assinaturas de parlamentares favoráveis ao Projeto de Decreto Legislativo que propõe um plebiscito para que os brasileiros se posicionem sobre a exploração do pré-sal.
“Em 1989 eu fui no estaleiro em Angra dos Reis, vi aquele estaleiro fechado e os trabalhadores vendendo cerveja no isopor. E decidi ali que, se um dia eu fosse presidente, ia recuperar a indústria naval do Brasil”, declarou o presidente Lula durante ato organizado pelas entidades de petroleiros, entre elas a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Na opinião do ex-presidente, as medidas do governo interino querem liquidar com o protagonismo cnstruído no Brasil e na Petrobras.