Governo quer privatizar 100% da estatal em leilão único, previsto para março. Projeto, no entanto, depende de aprovação no Congresso e enfrentará forte resistência da Oposição.
O senador Randolfe Rodrigues diz que a medida não agrada nem o setor financeiro, porque está entremeada de negócios para atender interesses corporativos
O alerta foi feito pela economista e diretora do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Clarice Ferraz
Senadores de diversas correntes políticas destacaram que a MP abre a porta para a privatização de uma empresa estratégica e lucrativa em meio a uma pandemia e diante das ameaças de uma crise energética
Para completar as 7 pragas do Egito, faltam 4. A terceira já está a caminho: a crise hídrica. As 2 anteriores resultaram em desastres. A guerra contra pandemia Covid-19 e a guerra contra a crise econômica terminaram com derrotas acachapantes, administradas respectivamente por Eduardo Pazuello e Paulo Guedes.
Parlamentares criticaram uso de uma medida provisória como instrumento para a privatização, dificultando um debate mais extenso, por forçar a apreciação do texto até o final de junho
Segundo Ikaro Chaves, da Aesel, país vive situação semelhante à de 2001, quando brasileiros passaram por um racionamento de energia.
Câmara do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) aprovou por unanimidade uma moção contra a venda da estatal.
Segundo estudo da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), aumento na tarifa deve ser de cerca de 14%, mas o aumento efetivo pode chegar a 26%.
Privatizar um setor, significa entregá-lo à lógica do lucro que busca retorno rápido, de curto prazo.
Segundo governadores, privatização afetará diretamente o desenvolvimento do país e o bolso do consumidor.
Além dos dois mandados de segurança, foi ajuizada uma petição. A votação da MP está marcada para a tarde de hoje.