Na tentativa de impedir que o Senado estadunidense aprove novas sanções contra o Irã, a Casa Branca divulgou informações importantes, nesta quinta-feira (16), relativas ao acordo alcançado entre o Grupo 5+1 e a República Islâmica, sobre o seu programa nuclear. A discussão sobre a imposição de um novo pacote de medidas coercivas deste tipo tem sido contínua nos Estados Unidos.
Enquanto a medida para a imposição de mais sanções contra o Irã está ganhando mais apoio no Senado dos Estados Unidos, mais de 60 organizações já entregaram uma carta conjunta para instando os senadores a oporem-se à nova legislação proposta, nesta quarta-feira (15).
O Irã e os Estados Unidos – gravemente antagonizados desde a Revolução Islâmica que depôs o xá Mohammad Reza Pahlavi e sua ditadura criminosa respaldada pelos EUA – estão aos poucos entrando numa fase decisiva das negociações sobre o programa nuclear persa. Após décadas de sanções contra o Irã, entretanto, o presidente Barack Obama disse comprometer-se com o congelamento dessas medidas enquanto durarem os diálogos, mas nem mesmo alguns de seus colegas democratas são favoráveis à promessa.
O vice-chanceler iraniano, Sayyed Abbas Araqchi, afirmou à imprensa na noite deste domingo (12) que o Irã suspenderá, a partir do dia 20 de janeiro, o enriquecimento do urânio com a pureza de 20%, em troca do alívio das sanções impostas por países ocidentais. Além disso, o Irã concorda em não aumentar a reserva do urânio enriquecido e já aceitou a inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre a aplicação do acordo.
O líder supremo da Revolução Islâmica, aiatolá Sayed Ali Khamenei, sublinhou que as conversações entre o Irã e o Grupo 5+1 sobre o programa nuclear persa revelaram a hostilidade dos Estados Unidos contra o país. Embora as autoridades iranianas envolvidas nas negociações demonstrem otimismo com a conquista de um acordo permanente e com a melhoria das suas relações com os membros do grupo, frequentes ameaças de expansão das sanções impostas contra o Irã dificultam o ambiente diplomático.
Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) visitarão no Irã as minas de urânio de Gachin, segundo divulgaram fontes oficiais de Teerã nesta segunda-feira (6).
Irã e o Grupo 5+1 determinaram 20 de janeiro como a data para a aplicação do acordo nuclear alcançado no passado 24 de novembro, em Genebra, Suíça. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (1º/01) pelo chefe da equipe persa nas negociações, Hamid Baidinejad, ao afirmar que esta data foi ratificada pelos diretores políticos das duas partes.
Especialistas do Irã e o sexteto de mediadores (Rússia, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha) retomam nesta segunda-feira (30), em Genebra, as discussões técnicas em torno da aplicação de um acordo marco sobre o programa nuclear do país persa.
O reator de água pesada em Arak, uma cidade no centro do Irã, não vai fechar e vai continuar a operar, disse o chefe da Organização de Energia Atómica do Irã (OIEA) Ali Akbar Salehi.
O Irã e o Grupo 5+1 de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha continuam as conversações, nesta sexta-feira (20), a nível de especialistas, sobre o programa nuclear persa. As negociações foram retomadas na quinta, em Genebra, Suíça, depois de uma suspensão momentânea causada pela aprovação de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA contra 19 empresas e indivíduos ligados ao programa do Irã.
O diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akhbar Salehi assegura que “as instalações nucleares persas, inclusive o reator [de água deuterada, ou “pesada”] de Arak seguem com força o seu trabalho”. Nesta quinta-feira (19), o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif reafirmou o compromisso do país com as negociações sobre o seu programa nuclear com os membros do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha, ao mesmo tempo em que o Senado dos EUA propõe mais sanções contra o Irã.
O ministro de Relações Exteriores de Rusia, Serguei Lavrov, insistiu na necessidade da implementação plena do recente acordo entre o Irã e o Grupo 5+1 sobre o programa de energia nuclear do país persa.