O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Sayed Abbas Arachi informou, nesta terça-feira (17) que as conversações de especialistas sobre a implementação do Plano de Ação de Genebra deve ser reiniciado em breve. Araqchi deu declarações após uma reunião com a chefa da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em Bruxelas.
Uma nova rodada de sanções dos Estados Unidos contra entidades do Irã e estrangeiras, aprovada pelo Departamento do Tesouro na quinta-feira (12), é responsável pela paralisação das negociações sobre o programa nuclear persa, de acordo com fontes diplomáticas, em declarações nesta sexta (13). Apesar do progresso e do comprometimento do Irã com as negociações, o departamento estadunidense sancionou 19 empresas e indivíduos persas, violando o acordo recentemente estabelecido.
A comunidade judia no Irã é a maior da região fora de Israel e da Turquia, mas tende a manter-se afastada das atenções. Em novembro, porém, sem atrair grande foco da imprensa internacional, saiu às ruas da República Islâmica para defender o programa nuclear do país, enquanto o governo persa insistia nas negociações internacionais, contra a pressão israelense por um posicionamento mais agressivo por parte do Ocidente.
O Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos anunciou que não apoia novas sanções contra o Irã enquanto vigorar o acordo temporário, de seis meses, assinado entre o governo persa e o Grupo 5+1, no contexto das negociações sobre o seu programa nuclear. Na terça-feira (10), Tim Johnson, chefe do Comitê, disse que concorda com o presidente Barack Obama, e que seu grupo não pretende impor mais um pacote de medidas de coerção mantidas e expandidas contra o Irã desde 1979.
Alta representante das Relações Exteriores e da Política de Segurança da União Europeia, Catherine Ashton garantiu ao chanceler do Irã, Mohama Javad Zarif, seriedade no cumprimento das provisões do acordo que os diplomatas persas alcançaram com o Grupo 5+1 nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. A informação é de meios oficiais persas, publicada nesta quinta-feira (5).
A Casa Branca anunciou, nesta terça-feira (3), que o acordo final sobre o programa nuclear do Irã pode incluir a capacidade de enriquecimento de urânio, no quadro dos direitos persas como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Enquanto isso, membros do governo discutem a imposições de novas sanções ao Irã, ao contrário das intenções da presidência e de grande parte dos estadunidenses.
Embora a maior parte dos atores internacionais esteja ou envolvida ou otimista a respeito da condução das negociações entre a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Grupo 5+1 e a República Islâmica do Irã, grupos políticos conservadores e radicais dos Estados Unidos e o belicoso Israel continuam a emitir declarações agressivas. Entretanto, também se intensificam as opiniões, entre os próprios israelenses, que o acordo anunciado no domingo passado é positivo.
Neste domingo (24), o anúncio de um acordo entre o Irã e o Grupo 5+1 foi, em geral, bem recebido. Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China (membros do Conselho do Segurança), em conjunto com a Alemanha, em negociações com o Irã, concordaram com o alívio das sanções impostas há décadas à economia persa, enquanto o governo do presidente Hassan Rohani compromete-se com dois passos fundamentais relativos ao seu programa nuclear.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
Embora as negociações sobre o programa nuclear do Irã com as potências mundiais e com a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) venham demonstrando progressos significativos, parlamentares estadunidenses e países como a França e Israel continuam defendendo o endurecimento das sanções impostas ao país persa há décadas. Nesta terça-feira (19), o presidente dos EUA, Barack Obama, deve reunir-se com membros do Congresso para debater a questão.
“Nós, assim como o Líder Supremo da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Sayed Ali Khamenei, confiamos na delegação iraniana nos diálogos nucleares”, disse o comandante adjunto das Forças Armadas, general Abdul Rahim Musavi, à agência persa de notícias Irna, nesta segunda-feira (18). Porém, frente à oposição agressiva de Israel e da França às negociações internacionais sobre o programa nuclear persa, o Irã está fortalecendo as suas capacidades de defesa militar, segundo fontes oficiais.
Reunião internacional sobre programa nuclear iraniano não gera resultados concretos, mas chanceler russo mantém otimismo sobre nova rodada no próximo dia 20.
O ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif reagiu nesta terça-feira (12) contra as declarações do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, após a reunião entre o Irã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) sobre o programa nuclear persa, realizada durante este fim de semana em Genebra, na Suíça.