É nisso que deu a eleição de uma Câmara Federal conservadora e, majoritariamente, representante do capital. Deputados conservadores, em grande parte, financiados por empresas com dinheiro de origem duvidosa como demonstram investigações em andamento, aprovaram um projeto de lei de terceirização contra os interesses dos trabalhadores.
Por Alex Santos*
A Câmara dos Deputados retoma nesta quarta-feira (22) a votação do projeto de lei que regulamenta a terceirização. Os deputados já aprovaram o texto-base da proposta, mas precisam concluir a análise dos destaques e das emendas apresentados ao texto.
Em um período histórico de avanços trabalhistas, com baixo índice de desemprego e a constante valorização real do salário mínimo, a aprovação de um projeto que precariza e rebaixa a força de trabalho, é no mínimo a maior tentativa de golpe dos últimos tempos, é o retrocesso sem precedentes na história dos direitos dos trabalhadores.
Por Flora Brioschi*
Por * Francisco Wildys de Oliveira
O certo é que essa “guerra” só está no começo e perdemos apenas a primeira batalha. Outras virão: a votação dos destaques na Câmara, a discussão e votação no Senado, a segunda votação na Câmara, a apreciação da matéria pela presidenta Dilma (quem dispõe da “caneta” para vetar total ou parcialmente) e ainda o questionamento de sua constitucionalidade perante o STF – Supremo Tribunal Federal.
Não importa a coloração partidária. O parlamentar ligado ao movimento sindical, assim como a liderança, a central ou entidade que se somaram ao patronato no apoio ao PL 4330 capitularam à pressão do inimigo e estão traindo os interesses da classe trabalhadora. Com este propósito inconfessável, agem sem uma prévia consulta ou debate com as bases. Se não fosse assim certamente teriam se poupado da avalanche de questionamentos que estão sofrendo nas redes sociais.
Por Adilson Araújo*
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) produziu um vídeo, com Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), diretor de Documentação da entidade, expondo os quatro pontos mais prejudiciais do projeto de lei que regulamenta a terceirização.
O melhor método de formar uma opinião sobre as terceirizações é conversar com funcionários terceirizados. Fiz isso na unidade em que eu trabalho na UFRJ.
Por Leonardo Mendes*, ao Diário do Centro do Mundo
A luta que temos à frente contra o projeto da terceirização é gigante. CUT e Dieese mostram que ela precariza as condições de trabalho. O mercado de óleo e gás nacional confirma: terceirizar é cortar benefícios, explorar a carga de trabalho e ceifar vidas.
Por Tadeu Porto*, no Brasil Debate
Manifestação convocada pelas Centrais Sindicais contra a PL 4330 na Avenida Paulista, em frente a FIESP.
O projeto de lei 4330 que trata da terceirização, aprovado pelo pleno da Câmara dos Deputados na semana passada, pode ter outro desfecho no Senado, foi o que alertou o presidente da Casa, Renan Calheiros, nesta quarta-feira (15) em entrevista ao Brasil247. "Qualquer projeto que ameace os direitos sociais ou represente retrocesso nas relações de trabalho enfrentará grandes dificuldades no Senado. Aqui não passará", enfatizou Renan.
A retirada do Projeto de Lei 4330 da pauta de votações da última quarta-feira (15/04), na Câmara dos Deputados é uma vitória dos trabalhadores brasileiros, que realizaram manifestações ao longo do dia em todo o País, repudiando o projeto e reivindicando manutenção dos direitos trabalhistas.