Por *Emmanuel Furtado
Pressionada pela população – que hoje se mobilizou em todo o país contra a liberação da terceirização – e pela ação dos parlamentares do PCdoB, PT e PSOL, principalmente, a Câmara dos deputados aprovou um requerimento para tirar o projeto 4430 da pauta e adiou para a próxima quarta-feira, dia 22, a votação dos destaques.
Trabalhadores do Brasil inteiro paralisaram as atividades nesta quarta-feira (15) para manifestar indignação e rechaço contra a lei que regulamenta a terceirização irrestrita do trabalho. Na capital paulista as centrais sindicais e os movimentos sociais fizeram dois grandes atos: um na Avenida Paulista e outro no Largo da Batata. Os milhares de manifestantes marcharam pela avenida Rebouças, rumo ao centro da capital, para fundir as duas manifestações.
A cidade de Salvador amanheceu diferente nesta quarta-feira (15), e não foi por causa da chuva. Ônibus nas garagens, agências bancárias e lojas fechadas, funcionários da limpeza e da educação, entre outras categorias, parados. O clima foi reflexo da união dos trabalhadores contra o PL 4330, que versa sobre a Terceirização – aprovado na Câmara dos Deputados semana passada – , em mais um Dia Nacional de Luta convocado pelas centrais sindicais.
O dia 8 de abril deve entrar para a história brasileira como um marco na legislação sobre trabalho. Foi aprovado – no Congresso Nacional mais conservador do período democrático – o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a prática da terceirização do trabalho tanto para as atividades meio (como limpeza e segurança) como para as atividades fins (que compreendem a finalidade dos servidos prestados pelas empresas).
Por Juliane Furno*, na Carta Maior
Cerca de 8 mil pessoas participaram do ato político na capital cearense.
Em entrevista à jornalista responsável pelo Portal Vermelho no estado do Ceará, Carolina Campos, a presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do estado (CTB/CE), Marta Brandão, externou o descontentamento dos trabalhadores com a aprovação do PL 4330.
Por Joanne Mora e Carolina Campos, na Rádio Vermelho
A mobilização de rua tem interferido na votação, as posições começam a mudar, o adiamento da votação na noite de terça-feira (14) reflete isso e podemos barrar o 4330 se essa pressão de rua continuar. A avaliação foi feita pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) sobre o projeto de terceirização em votação na Câmara dos Deputados. A deputada Jô Moares (MG) endossa a avaliação do colega de bancada.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, avalia que o Dia Nacional de Paralisações contra a Terceirização, que acontece nesta quarta-feira (15) em todo o país, é um passo importante no fortalecimento da luta em defesa dos direitos trabalhistas e pela continuidade do ciclo mudancista.
Esta quarta-feira (15) marca o dia nacional de paralisações contra a lei que regulamenta a terceirização irrestrita do trabalho. Servidores, bancários, operários de indústria e comerciários estão mobilizados e fazem paralisações totais ou parciais em diversos estados.
Convocados pelas centrais sindicais, centenas de trabalhadores foram às ruas de Maceió, na manhã de quarta-feira (15), dia nacional de paralisação, para protestar contra o PL 4330, que ataca a legitimidade do trabalho como um direito.