Os principais acontecimentos da conjuntura internacional são analisados pela cientista política Ana Prestes.
Este é um verão muito estranho e moderado para um país com uma economia que depende muito do turismo e da folia. Mas a ajuda da União Europeia está a caminho.
Grande parte da mídia europeia noticia como “histórico” e mostra os líderes europeus congratulando-se pelo acordo alcançado nesta semana para o “resgate” de países mais afetados pela crise precipitada pela pandemia de Covid-19. Entretanto, o pacto firmado entre os chefes de Estado e Governo dos 27 membros da União Europeia está longe de ser a salvação anunciada.
A Alemanha assumiu a presidência rotativa do Conselho da UE, órgão co-legislador que reúne os governos dos 27 Estados-Membros. Por João Ferreira*
A China é destaque na análise diária de Ana Prestes. O governo chinês refuta a tentativa do governo dos EUA em interferir em assuntos internos do país como o contencioso no Mar da China e as tensões em Hong Kong. Prestes aborda ainda a decisão do Reino Unido em vetar a empresa chinesa Huawei no uso da tecnologia 5G, a reunião da Cúpula da União Europeia, o fracasso do acordo de pacificação do Afeganistão, a pressão internacional sobre o Brasil em relação à preservação da Amazônia, mobilizações sociais na Bolívia, Colômbia e Chile, além de outros temas.
A queda na atividade econômica dos 27 países-membros pode chegar a 8,3%, diz Comissão Europeia. Na Itália, pode atingir 11,2%. Enquanto isso, FMI previu queda de 9,1% para o Brasil, mas Guedes nega a realidade.
Medidas indicam isolamento do país em meio ao descontrole de casos da Covid-19. Presidente da França, Emmanuel Macron, também criticou acordo Mercosul-União Europeia.
Novo assassinato de um negro nos Estados Unidos pela polícia, as medidas do governo chinês após o surgimento de novos de Covid-19, a disputa entre China e EUA em torno da tecnologia 5G, além de debates sobre processos eleitorais na Bolívia e na Venezuela são alguns dos assuntos abordados pela cientista política Ana Prestes.
Segundo a comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, a situação epidemiológica de cada nação será o principal critério de decisão sobre quem terá acesso ao território europeu.
A crise da vez é acirrada por nada menos que uma pandemia, desvelando as causas das dificuldades na lida com o desafio à vida de forma solidária, enunciada como espírito da União Europeia. É notícia velha a interrogante que a saída do Reino Unido, Brexit, colocou ao projeto europeu, ou a crise iniciada em 2007-2008, que serviu para impor o arrocho aos trabalhadores. Já se especulava sobre a nova quebra global e a pandemia surge como catalisador, mas possibilitará rearranjos? Por Moara Crivelente*
A cientista política Ana Prestes analisa os principais fatos da conjuntura internacional com destaque para a advertência da ONU ao Brasil em razão da manutenção da austeridade fiscal no período de pandemia.
Compare-se a reação serena de centenas de milhões de asiáticos à crise do coronavírus com o medo, o pânico e a histeria ocidentais.