Ex-conselheiro de Donald Trump confessa que EUA planejaram golpes pelo mundo
John Bolton diz a CNN que planejar golpes de Estado “dá muito trabalho”.
Publicado 13/07/2022 18:03 | Editado 14/07/2022 09:20
Em entrevista na última terça-feira (12) ao canal de TV CNN, John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos no governo Donald Trump, confessou a sua participação em golpes em outros países.
A entrevista abordava as recentes investigações do Congresso quanto ao envolvimento do então presidente Donald Trump ao ataque ao Capitólio no início de 2021, após perder as eleições. Trump é acusado de incitar os manifestantes.
Ao indicar que Trump não teria inteligência para elaborar um golpe trabalhoso contra o próprio Estado, Bolton falou ao apresentador Jake Trapper “Como alguém que já ajudou a planejar golpes de Estado, não aqui [EUA], mas, você sabe, em outros lugares, digo que é algo que dá muito trabalho.”
Bolton, que também já foi assessor de outros presidentes, entre eles Ronald Reagan e George W. Bush, ao ser questionado sobre apoio dos EUA a Juan Guaidó na tentativa de golpe contra Nicolas Maduro Venezuela, afirmou: “Lá não foi bem sucedido. Não que nós tivéssemos muito a ver com isso, mas eu vi o trabalho que deu para a oposição tirar um presidente eleito de maneira ilegal e falhar”.
Apesar de se eximir do fato, o assessor de Trump apoiou publicamente Juan Guaidó indicando que os militares venezuelanos deveriam agir para tirar Nicolas Maduro do poder.
Confira o momento:
Bolton e o Brasil
É importante lembrar que, em 2018, Bolton classificou a eleição de Bolsonaro como “oportunidade histórica” no relacionamento dos Estados Unidos com o Brasil. O ex-conselheiro de segurança nacional dos EUA foi o primeiro emissário de Trump a visitar Bolsonaro, fato que ocorreu antes mesmo da posse oficial.
Atualmente, como todos sabem, o presidente do Brasil mantém uma ofensiva contra as urnas eletrônicas e ao processo eleitoral. Inclusive, já chegou a falar em uma live: “Você sabe o que está em jogo, e você sabe como deve se preparar, não para um novo Capitólio, ninguém quer invadir nada, mas nós sabemos o que temos que fazer antes das eleições”, disse, incitando os seus seguidores.
Com informações OperaMundi e Folha de São Paulo