A esquerda bem informada
A esquerda bem informada
O que vem por aí

À exceção do imponderável e das eleições de outubro próximo, é possível afirmar que o perfil de 2010 já se encontra razoavelmente traçado em suas linhas gerais. Quer dizer, do fundamental ainda não se sabe nada porque isso não é coisa para adivinhação.

Como brisa de mar calmo

No cais nada parecia se mover. Um ou outro ruído distante acentuava o silêncio na tarde modorrenta. Quedou-se em reminiscências. Olhos semicerrados, imagens se superpondo, ora embaralhadas, ora seqüenciadas – tempos alternados, tempo presente. Como se estivesse diante de um espelho, redescobrindo-se, revisitando a própria vida. Como se reencontrasse e se reconhecesse em cada traço do rosto, no olhar, no leve sorriso.

Certas Coisas na Janela

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Recado Caboco

Pena que os cabocos (“caa boc”, saídos do mato) nas ilhas do Marajó, com o analfabetismo congênito herdado desde o tempo dos índios “nheengaíbas” (falantes da língua ruim) não se deram conta da estada em Belém do Pará, da senhora Irina Bokova, primeira mulher a assumir o cargo de diretora-geral da UNESCO, na VI Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFITEA VI), realizada entre os dias 01 e 04 do corrente.

 Florestania Hippie

A florestania hippie enxerga a cidade como o inferno de Dante e sonha acolher na floresta os seus ex-cidadãos. Uma visão romântica e inviável, pois a florestania real, que vai sendo testada no Acre, olha o homem e a floresta como entes inteiros.

Os sapatos de William Bonner

 William Bonner, do Jornal Nacional, costuma dizer que todas as noites sua equipe tenta colocar um elefante dentro de uma caixa de sapatos. Sempre conseguem. Trata-se da configuração do jornal de maior audiência na TV brasileira. Significa que grande quantidade das notícias produzidas é jogada na lata do lixo e outras tantas somente são divulgadas após lapidar edição que envolve a escolha de enquadramentos, incidências e aparas. 

 Em teu silêncio

Para o Ano Novo, um companheiro muitas vezes necessário e geralmente conselheiro (para o bem e para o mal): o silêncio.
Feliz 2010!!!

Por que amontoar pessoas como animais não é crime?

As soleiras de 2010 se avizinham e abrigarão mazelas com ares de eternidade. Algumas, com roupagem tolerável, outras se miserabilizaram tanto que tornam real o que diziam os pessimistas: "qualquer coisa sempre pode piorar", superando o pensamento filosófico de que a crise se instala plenamente quando chegamos ao fundo do poço, mas, contraditoriamente, anuncia melhores tempos. Não penso mais assim e nem caio mais em conversas de quem tem o dom de iludir.

Um “país” chamado América do Sul

O ano de 2009 se encerra daqui há 3 dias. Faz-se necessário fazer o balanço das questões estratégicas que ficaram pendentes na esfera pessoal, partidária e de caráter nacional. Ao mesmo tempo precisamos mirar 2010 como o espaço temporal no qual nós procuraremos superar esses desafios, dentre os quais o de construir um “país” chamado América do Sul.

Nevascas

As poderosas nevascas que se abatem sobre a Europa e o norte dos Estados Unidos até parecem querer desmistificar os eco-fundamentalistas que pintaram e bordaram antes e durante a recente conferência sobre o clima em Copenhague.

A Cultura da Violência

“O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não” – Gandhi

O palácio do rei, uma reflexão para os líderes

É reconhecido o bom patamar de reajuste do salário mínimo no governo Lula, mas nem de longe cumpre o preceito constitucional “capaz de atender as suas necessidades vitais básicas”. Enfim, por tudo isso, faz sentido a descrição do grande escritor português que como Niemeyer permanece no topo da idade afirmando a necessária convicção comunista e achei por bem reproduzir para refletirmos no limiar de 2010.

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