O recém lançado “China Contemporânea” traz ensaios sobre o desenvolvimento nacional Chinês, apresentando as perspectivas que nascem a partir da capacidade de planejamento do gigante asiático
Agora, em meio a uma difícil campanha pela reeleição, Trump precisa de um “inimigo” mais tangível, mais aceitável às estruturas simbólicas reforçadas por décadas e décadas de todo tipo de mensagem, de textos acadêmicos a filmes de Hollywood.
Bolsonaro é um presidente que, no exercício do cargo, ameaça dia e noite a democracia. Deve ser combatido pelos democratas com a mesma intensidade com que ele ataca a Constituição.
Existem verdades tão elementares que cabem nas asas de um colibri, escreveu José Martí. Tão elementares que nem devia ser preciso pronunciá-las em voz alta. Mas hoje é preciso que se diga: a China é bem sucedida no combate e na contenção do coronavírus e tem sido solidária com o mundo. Sua experiência acumulada e o envio de profissionais e equipamentos tem sido fundamentais para todos os países em luta contra a pandemia.
A certa altura do documento “A China e o Mundo na Nova Era”, divulgado por Pequim no esteio das celebrações pelos 70 anos da fundação da República Popular, se afirma: “a partir de meados do século XIX, a China foi explorada pelas potências ocidentais e ficou marcada por lembranças indeléveis do sofrimento causado pela guerra e pela instabilidade. Jamais imporá a outras nações o mesmo sofrimento”.
É uma historinha já bastante usada, mas talvez ainda engane alguns bebês.
Foram apenas duas semanas de Bolsonaro como presidente eleito – ainda sem sequer ter sentado na cadeira – e seu inventário de desvarios já é enorme. O quanto dessa retórica de campanha, agora convertida em arrogância inconsequente, se tornará de fato política do futuro governo?
Reportagem da Folha de São Paulo, publicada no último dia 18, lançou mais luz sobre o que já era óbvio para qualquer análise razoável da massiva propagação de fake news contra Haddad e Manuela: essa prática é bancada por apoiadores íntimos de Bolsonaro, com dinheiro ilegal. O resultado das urnas no último dia sete está manchado pelo abuso de poder econômico e pela mentira que sustenta uma candidatura que ataca abertamente a democracia.
Em dois atos finais, a tragédia da política externa de Temer e do PSDB anunciou seu epílogo. Uma entrevista do chanceler Aloysio Nunes e o discurso do presidente na abertura da Assembleia Geral da ONU resumiram a mistura de subserviência, hipocrisia e cinismo a que foi reduzida a orientação da inserção internacional brasileira desde 2016.
Durante a tarde do último domingo, quando a Avenida Paulista estava tomada pelo festival Lula Livre e pela caminhada com Haddad e Manuela, o candidato da extrema-direita divulgava uma sombria fala desde o leito do hospital em que se encontra.
No último dia de agosto, mês em que tradicionalmente os projetos populares são apunhalados no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma sessão dantesca, rasgou a Constituição Federal, uma decisão da ONU, o que restava de vergonha e impugnou a candidatura do presidente Lula.
No espaço de apenas quatro meses, o Brasil recebeu visitas oficiais de três elevadas autoridades do governo norte-americano. A movimentação intensa na ponte aérea Washington-Brasília, inaugurada por Temer e por um Itamaraty em mãos do PSDB, se dá às vésperas do início da campanha eleitoral. E não é por acaso.